PR vai a Moçambique para abordar cooperação militar, económica e cultural
O Presidente da República disse hoje que serão abordadas, na sua visita a Moçambique, entre 16 e 21 de março, a cooperação militar, económica e cultural, esperando também uma troca de "pontos de vista" sobre o momento atual.
Em declarações aos jornalistas no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "vários temas fundamentais" irão ser abordados durante a sua deslocação, começando por destacar a cooperação que Portugal está a fornecer, "no plano da formação militar", a Moçambique.
Marcelo sublinhou que se trata de uma cooperação que Portugal está a fornecer "já há muito tempo, mas agora também num quadro europeu, relativamente a uma solicitação moçambicana, e em que os grandes protagonistas são as Forças Armadas moçambicanas".
No entender de Marcelo Rebelo de Sousa, a missão de formação militar da União Europeia em Moçambique, intitulada EUTM (European Union Training Mission), contribui para uma "estabilização e criação de condições para o desenvolvimento económico e social de Moçambique".
O Presidente da República falava aos jornalistas depois de assistir a um encontro entre o fotógrafo Alfredo Cunha e alunos do 11.º e 12º ano de uma escola de Ferreira do Alentejo, no âmbito do programa "Artistas no Palácio de Belém".
O chefe de Estado destacou os "vários projetos que estão em curso de cooperação económica e financeira entre Estados" e entre "empresários portugueses e Moçambique", mas também "a cooperação cultural e educativa", designadamente "a escola portuguesa em Maputo, e também a colaboração entre universidades portuguesas e a universidade Eduardo Mondlane".
Como "justificação adicional" para a deslocação a Moçambique, Marcelo Rebelo de Sousa apontou que o país é "uma peça fundamental na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)".
O Presidente da República abordou o voto de abstenção, da parte de Moçambique e de Angola, de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que condenava a invasão russa da Ucrânia, afirmando que os dois países "tiveram posições de voto que não foram exatamente as mesmas da maioria dos países da CPLP, mas foram sensíveis à ideia de não se oporem à condenação".
"E, portanto, também é uma oportunidade para se falar daquilo que é o enriquecimento da CPLP, a troca de pontos de vista, no momento atual que vivemos no mundo", frisou.