Papel das assistentes sociais na área da Saúde enaltecido
Realizou-se esta manhã uma Sessão Comemorativa do Dia Mundial do Serviço Social no Hospital Dr. Nélio Mendonça
O papel dos assistentes sociais na área da Saúde foi hoje destacado no âmbito da Sessão Comemorativa do Dia Mundial do Serviço Social, que amanhã se assinala.
Na ocasião, tanto o secretário regional de Saúde e Protecção Civil, como o director clínica do Serviço Regional de Saúde (SESARAM) destacaram a importâncias destes profissionais no período da pandemia da covid-19.
Pedro Ramos referiu, mesmo, que os assistentes sociais têm cada vez mais importância no SESARAM, no assegurar do bem-estar dos cidadãos e vão ser um elemento fundamental na humanização dos serviços à medida que a digitalização da Saúde ganha maior preponderância.
O governante voltou a mostrar a sua concordância com a implementação do assistente social de família, à semelhança do que já acontece com os médicos e os enfermeiros. A par disso, frisou a importância de apostar, cada vez mais, na formação destes profissionais, de modo a melhorar os cuidados prestados.
No que toca a desafios para o futuro, o secretário regional com a pasta da Saúde salientou a necessidade de apostarmos num funcionamento diferente do que era habitual antes da pandemia, destacando que a covid-19 permitiu aos serviços se organizarem de forma diferente e optimizar a sua funcionalidade, ensinamento que deve ser tido em conta nos próximos tempos.
Além disso, o investimento na área da Saúde é, na opinião de Pedro Ramos, outro aspecto a ter em conta, abarcando todas as áreas, apostando na capacitação dos recursos humanos e na humanização dos serviços.
Humanização dos cuidados
A humanização dos cuidados foi, também, focada por Rafaela Fernandes. A presidente do Conselho de Administração do SESARAM apontou para o próximo mês de Abril o início de uma campanha que visa fomentar, precisamente, essa humanização, apressando-se a dizer que ninguém será excluído, justificando que todos os profissionais têm um papel importante no processo de prestação dos cuidados de saúde prestados aos utentes/doentes.
Assistentes sociais como facilitadores
Já Márcia Assunção, coordenadora da Unidade de Acção Social do SESARAM, destacou o papel da equipa de 38 profissionais que tem à sua responsabilidade, 35 dos quais assistentes sociais, que trabalham com os mais vulneráveis, avaliam e diagnosticam necessidades, mas não dispõem de recursos próprios para os colmatar, fazendo o papel de intermediários entre o utente e as estruturas de suporte disponíveis na comunidade.
"Os assistentes sociais da Saúde não desistem, mesmo quando, muitas vezes, os próprios cidadãos já o fizeram. São facilitadores desses processos e activos na procura de respostas inovadoras", referiu. Como exemplo dessas respostas, Márcia Assunção apontou a criação de um banco de ajudas técnicas com equipamentos que já não eram utilizados pelos diferentes serviços do SESARAM; a bolsa de cuidadores, pensada em 2012 e que permitiu avançar, agora, com o CCAD - Curso de Cuidadoras de Apoio no Domicílio, formando 36 pessoas, apoiando 17 pessoas, revertendo a situação de alta clínica; entre outros projectos que têm sido implementados, na "tentativa de criar respostas e de criar recursos para as necessidades identificadas".