Presidente ucraniano fala ao congresso norte-americano na quarta-feira
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, vai dirigir-se ao Congresso dos Estados Unidos da América (EUA) por videoconferência na quarta-feira, anunciaram hoje os líderes democratas da Câmara de Representantes e do Senado.
Zelensky falará aos congressistas quando forem 09:00 em Washington e 15:00 em Kiev (13:00 em Lisboa).
"Estamos ansiosos por dar as boas-vindas ao Presidente Zelensky para se dirigir à Câmara e ao Senado, e para estender o nosso apoio ao povo ucraniano na sua corajosa defesa da democracia", disseram Nancy Pelosi e Chuck Schumer numa carta aos congressistas eleitos, citada pela agência francesa AFP.
Muitos congressistas democratas e republicanos têm pedido ao Presidente norte-americano, Joe Biden, que endureça a resposta dos EUA à invasão da Ucrânia por Moscovo.
Na semana passada, numa rara manifestação de unidade, o Congresso aprovou um pacote de 14.000 milhões de dólares (mais de 12.700 milhões de euros) para a crise da Ucrânia.
Entre outros objetivos, os fundos devem ajudar a Ucrânia a proteger a sua rede de energia, combater ciberataques e adquirir armas defensivas.
O pacote inclui também mais de 2.600 milhões de dólares (mais de 2.300 milhões de euros) em ajuda humanitária e mais de mil milhões de dólares (912 milhões de euros) para apoiar os refugiados que têm fugido do país.
Zelensky falou anteriormente com mais de 100 senadores e congressistas dos EUA através de videoconferência em 05 de março, apelando para a entrega de aviões de fabrico soviético à Ucrânia e ao endurecimento das sanções económicas contra a Rússia.
O Presidente da Ucrânia também já se dirigiu outros parlamentos, incluindo o Parlamento Europeu.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma onda de críticas da generalidade da comunidade internacional.
A guerra na Ucrânia entrou hoje no 19.º dia, mas ainda se desconhece o número de mortos e feridos, que a ONU disse que poderão ser da ordem dos milhares.
Ainda segundo a ONU, a guerra provocou mais de 4,8 milhões de desalojados, dos quais 2,8 milhões fugiram para países vizinhos, na pior crise do género na Europa em mais de 75 anos.