Madeira foi a região que menos turistas estrangeiros e nacionais perdeu
Em Janeiro de 2022 comparado com Janeiro de 2020, ainda antes da pandemia atingir este sector
Apesar de ter perdido dormidas de turistas em Janeiro de 2022 em relação a Janeiro de 2020 (ainda antes do advento da pandemia), o alojamento turístico da Madeira foi aquele que menos perdeu comparando com as outras regiões portuguesas. Em termos de turistas portuguesas, as dormidas baixaram apenas 0,4%, enquanto que para as dormidas de turistas estrangeiros as perdas foram de 34,1%.
Segundo os dados do INE, divulgados esta manhã, "em Janeiro (de 2022), registaram-se aumentos das dormidas em todas as regiões. A AM Lisboa concentrou 27,8% das dormidas, seguindo-se o Norte (17,7%), o Algarve (17,3%) e a RA Madeira (16,9%)". E acrescenta: "Comparando com o mês de Janeiro de 2020, todas a regiões apresentaram diminuição do número de dormidas, com realce para a evolução na AM Lisboa (-48,7%). Relativamente às dormidas de residentes, a RA Madeira registou um ligeiro decréscimo (-0,4%), seguindo-se o Centro (-13,4%) e o Alentejo (-15,0%). Em termos de dormidas de não residentes, verificaram-se diminuições superiores a 40% em todas as regiões, com excepção da RA Madeira (-34,1%)."
Em termos concretos, foram 337,5 mil dormidas no alojamento turístico em Janeiro, representando um crescimento de 261,4% face a igual período de 2021, dos quais 46,5 mil de residentes (+123,2%) e 291 mil estrangeiros (+301,1%).
Funchal foi o segundo município com mais dormidas de estrangeiros, só ultrapassado por Lisboa. A capital portuguesa concentrou mais de um em cada quatro dormidas de não residentes. "Em Janeiro, Lisboa registou 402,5 mil dormidas (20,2% do total). Comparando com o mês de Janeiro de 2020, as dormidas diminuíram 53,4% (-35,8% nos residentes e -57,7% nos não residentes). O município de Lisboa concentrou 25,9% do total de dormidas de não residentes registadas no país em janeiro de 2022", frisa o INE, que destaca a capital madeirense.
"No Funchal (12,8% do total) registaram-se 254,9 mil dormidas em Janeiro. Face a janeiro de 2020, registou-se uma redução de 31,8% (-0,7% nos residentes e -35,2% nos não residentes). Este município concentrou 19,3% do total de dormidas de não residentes registadas no país em janeiro de 2022", ou seja quase um em cada cinco estrangeiros.
"As dormidas no município do Porto (6,2% do total) totalizaram 124,4 mil. Face a janeiro de 2020, registou-se uma redução de 53,8% (-27,0% nos residentes e -61,5% nos não residentes)", acrescentou.
Outros indicadores onde se destaca a Madeira
"Em janeiro, as taxas de ocupação-cama mais elevadas registaram-se na RA Madeira (33,4%) e AM Lisboa (20,8%), correspondendo também aos maiores acréscimos neste indicador (+19,4 p.p. e +10,1 p.p., respetivamente)", indica o INE.
"Em janeiro, os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 106,4 milhões de euros no total e 76,0 milhões de euros relativamente a aposento. Comparando com janeiro de 2020, os proveitos totais decresceram 39,1% e os relativos a aposento diminuíram 38,8%", destacando-se a AM Lisboa que "concentrou 30,6% dos proveitos totais e 32,6% dos relativos a aposento em janeiro, seguindo-se a RA Madeira (18,2% e 16,9%, pela mesma ordem) e o Norte (17,4% e 17,6%, respetivamente)".
"No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 15,6 euros em janeiro, tendo aumentado 120,1% (+113,0% em dezembro). Em janeiro de 2020, o RevPAR tinha sido 24,9 euros", resume, num indicador em que a Madeira destaca-se: "Os valores de RevPAR mais elevados foram registados na RA Madeira (26,7 euros) e AM Lisboa (20,4 euros)."