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UE continua preocupada com aplicação da pena de morte na Arábia Saudita

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A União Europeia afirmou hoje continuar "preocupada" com a aplicação da pena de morte na Arábia Saudita, depois de só no sábado aquele país ter executado 81 pessoas condenadas por crimes que vão desde terrorismo ao assalto à mão armada.

"A União Europeia (EU) continua preocupada com o uso contínuo da pena de morte na Arábia Saudita e continuará a elevar sua posição junto dos interlocutores sauditas, defendendo uma moratória completa de facto, como um primeiro passo para a abolição formal e total", declarou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, num comunicado citado pela agência Efe.

Borrell observou que a execução de 81 pessoas no sábado representa "a maior aplicação em massa da pena de morte na Arábia Saudita desde 2019".

"Isso representa outro aumento preocupante na tendência de uso da pena de morte na Arábia Saudita, onde 67 pessoas foram executadas em 2021", acrescentou.

Borrell lembrou que, "por princípio", a UE "opõe-se firmemente à pena de morte em qualquer circunstância".

"É um castigo cruel e desumano, que não impede a criminalidade e representa uma negação inaceitável da dignidade e integridade humanas. A União Europeia continuará a trabalhar pela abolição da pena de morte nos poucos países que ainda a aplicam ", asseverou.

O Governo da Arábia Saudita, um dos países que mais aplica a pena de morte no mundo, executou no sábado 81 pessoas condenadas por crimes que vão de terrorismo a assalto à mão armada, o que é mais do dobro de todos os executados em 2020, informou o Estado saudita.

"O Ministério do Interior anunciou que executou sentenças de morte contra indivíduos condenados por terrorismo e crimes capitais. Esses indivíduos, num total de 81, foram condenados por vários crimes, incluindo o assassinato de homens, mulheres e crianças inocentes", anunciou.

O sequestro, violação, roubo, assalto à mão armada ou auxílio de pessoas procuradas pela lei são alguns dos crimes cometidos pelos condenados.