Moção de Sérgio Gonçalves identifica 11 desafios que se colocam ao PS e à Região
Gonçalo Aguiar, que a presenta a moção de estratégia global de Sérgio Gonçlves, aponta 11 desafios que se colocam à Região e outro que se põem ao PS-Maderira.
Os 11 desafios estratégicos à Região são, aqui elencados em discurso directo:
“O desafio demográfico onde se tem assistido a uma crescente diminuição da população e seu envelhecimento, em evidência nos últimos censos. São consequência da falta de oportunidades e dos índices de pobreza na Região.
O desafio da coesão, onde se notam grandes assimetrias económicas e sociais dentro do nosso território. São enormes as diferenças entre o Porto Santo e a Ilha da Madeira, e mesmo dentro da Ilha da Madeira, entre a costa Norte e a costa Sul. Necessitamos de adoptar medidas concretas para esbater estas assimetrias.
O desafio do combate às desigualdades, onde a Madeira é, infelizmente uma das Regiões do país mais desiguais, com os piores índices de pobreza e exclusão social, onde muitos têm tão pouco, mas outros têm quase tudo, não podemos continuar neste trajecto.
O desafio da afirmação autonómica, que infelizmente apesar da autonomia ser um dos patrimónios mais valiosos, é muito maltratada por quem tem responsabilidades governativas, pois não devia ser uma autonomia de mão estendida, devia ser sim, uma autonomia com princípios, que busca soluções para fazer face à condição ultraperiférica da nossa Região. Não é uma autonomia ao serviço de interesses partidários, é uma autonomia ao serviço de todos os Madeirenses e de todos os Porto-Santenses.
O Desafio do conhecimento onde a ciência e cultura desempenham um papel fundamental sendo muitas vezes relegada para último plano pelo Governo Regional. De igual forma é importante fazer uma aposta concreta na Universidade da Madeira, que, mesmo apesar de ser da responsabilidade do Governo da República, poderia ter muito mais do Governo Regional, com projetos ao serviço dos interesses da nossa Região.
O Desafio da Condição Ultraperiférica, que por um lado permite ao país ter uma grande expansão marítima, mas também porque ao longo dos tempos tem feito expandir a nossa diáspora que se constitui como um elemento fundamental de expansão da nossa cultura.
O Desafio da Sustentabilidade cada vez mais importante fruto destes tempos difíceis que vivemos onde precisamos de ser capazes de utilizar de uma forma responsável os nossos recursos permitindo reduzir dessa forma a dependência com o exterior.
O Desafio da Governança onde o PS, sendo um partido com ambição de governar tem de se mostrar com uma identidade forte, sem ambiguidades, capaz de apresentar contas certas e respeitar os instrumentos que tem ao dispor.
O Desafio da Competitividade e Crescimento onde é fundamental sermos capazes de diversificar a nossa economia, com políticas públicas que façam uma aposta clara no nosso tecido empresarial, para que consigam ter melhores oportunidades de sucesso.
O Desafio da Mobilidade e Continuidade Territorial onde precisamos de resolver de uma vez por todas o subsídio social de mobilidade, que seja capaz de disponibilizar tarifas mais baixas para os Madeirenses e Porto-Santenses, mas também o ferry, que continua a ser um compromisso, e é por isso que assim que sejamos governo, nos comprometemos com a criação da linha ferry entre a RAM e o território continental.
O Desafio do Diálogo e Cooperação bem diferente do que é praticado por PSD e CDS. Onde existe o autoritarismo, nós daremos lugar à democracia. Onde existe o ‘quero posso e mando’, nós daremos lugar ao diálogo. Onde existe opacidade, nós daremos lugar à transparência. Onde existe desconfiança, nós daremos lugar à credibilidade e competência.”
Quanto aos desafios que se colocam ao partido:
“O PS Madeira para ser bem-sucedido, terá de ser um partido próximo da população e próximo dos seus militantes. É por essa razão que é com muito agrado que temos cada vez mais eleitos, que fazem um trabalho importantíssimo junto das suas comunidades. Mas também é importante continuarmos a fazer uma aposta concreta nas nossas Concelhias e Secções, que são as estruturas locais do Partido Socialista, que estando fortes e dinâmicas, poderão ser as responsáveis por continuarmos a trilhar esta rota de crescimento.
Continuaremos a trabalhar com as Mulheres Socialistas e com a Juventude Socialista. (…)
Tanto as Mulheres Socialistas como a Juventude Socialista são estruturas autónomas, que têm um programa de ação que será apoiado pelo partido na esperança que desta forma consigam contribuir para a afirmação do Partido Socialista na RAM.
Continuaremos a desenvolver o Núcleo Autárquico, uma estrutura importante para capacitar os nossos autarcas eleitos e criaremos o Núcleo das Comunidades para que o PS Madeira seja também a casa dos nossos conterrâneos que pelos diversos motivos, escolheram voltar para a Região.
Continuaremos a desenvolver o trabalho na Tendência Sindical, para dar voz aos nossos camaradas que fazem também parte de sindicatos, para a defesa intransigente dos direitos dos trabalhadores e de melhores condições de trabalho e criaremos a Academia PS, que visa promover formações para desta forma melhorar os nossos quadros para que consigam ter uma melhor capacidade de intervenção.”