Zelensky diz que perdas das tropas russas são "colossais"
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse hoje que as perdas das tropas russas, desde que começaram a invasão do seu país, em 24 de fevereiro, são "colossais".
Numa mensagem de vídeo transmitida na sua página do serviço de mensagens instantâneas Telegram e difundida pela agência Interfax-Ucrânia, o Presidente da Ucrânia destacou as dificuldades que o exército russo está a ter para controlar o país após 17 dias de combates.
"As perdas das tropas russas são colossais. A dinâmica das perdas dos invasores no 17.º dia já é tal que podemos dizer com confiança: Este é o maior golpe para o exército russo em décadas. Eles nunca tiveram tantas perdas em tantos dias", disse Zelensky.
Segundo o Presidente ucraniano, desde o início da invasão russa da Ucrânia, um total de 31 grupos táticos de batalhões inimigos perderam a sua capacidade de combate.
"O exército russo rende-se não só individualmente, mas em grupos inteiros", afirmou.
Na mensagem vídeo, Volodymyr Zelensky acrescentou que "as perdas dos invasores em capacidades técnicas são simplesmente impressionantes".
"Mais de 360 tanques. Um total de 1.205 veículos blindados. (...) Já cerca de 60 aeronaves. Mais de 80 helicópteros. Centenas e centenas de unidades de outros equipamentos. Em particular, os 'designs' mais modernos dos quais a Rússia se orgulha",especificou.
Segundo a agência espanhola de notícias Efe, os dados avançados pelo Presidente ucraniano não puderam ser confrontados com uma fonte independente, mas o responsável enfatizou que "a maioria dos exércitos do mundo não tem tanto de tudo quanto as tropas russas perderam durante a invasão" do seu país.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 564 mortos e mais de 982 feridos entre a população civil e provocou a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.