A Guerra Madeira

“Não podemos negociar com terroristas”

A ucraniana Valentyna Chan foi a convidada do programa da TSF 'Mulheres com palavra'

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Esta semana, o programa 'Mulheres com Palavra' conversou com a ucraniana Valentyna Chan, representante na região da Associação de Ucranianos em Portugal.

A bióloga veio à rádio falar da situação atual do seu país, dos problemas que a guerra veio agudizar e do projecto que está neste momento a dinamizar na Região e que pretende levar ajuda até ao povo da Ucrânia.

Valentyna Chan tem família na zona de guerra com quem procura diariamente comunicar na busca de notícias que atenuem a ansiedade de quem está longe. Devido à dimensão do território da Ucrânia sempre achou que os confrontos que já existiam na Crimeia ou em Donbast muito dificilmente chegariam a Kiev, onde mora a família. Dois meses depois, toda a cidade está agora em perigo. Mesmo assim, defende que “Não podemos negociar com terroristas”. Quanto às ajudas, Valentyna Chan, afirma que as mesmas já começaram a se fazer sentir.

Neste programa, Elisa Seixas destacou na semana que agora finda o Dia Internacional da Mulher, alertando que o mesmo deve continuar a ser entendido como uma jornada de luta. Um dos exemplos para que tal continue a acontecer está nos números negros que marcam a violência doméstica, acima de tudo sendo a mulher a vítima e que o caminho para alcançar a igualdade ainda é longo.

Luisa Paolinelli abordou neste programa os comentários que têm surgido nas redes socias e em diversos artigos de opinião e que visam os refugiados resultantes da guerra entre a Ucrânia e a Rússia. A professora universitária alerta para o surgimento de uma onda de ataques “mesquinhos” sobre as ajudas disponibilizadas pelo país a quem foge da guerra. Desta semana Luisa Paolinelli realça o comentário feito pela diretora de um hospital pediátrico italiano que está a receber crianças feridas na Guerra. Perante os ataques perpetuados a crianças e a Unidades de saúde pediátricas, afirmou que “somos pela Paz, não pelo pacifismo”, tendo feito um apelo aos seus colegas pediatras russos para que se oponham aos confrontos.

Violante Saramago Matos alertou que a situação vivida atualmente pode vir a se tornar num cenário mais nefasto do que aqueles que a humanidade passou nas diversas guerras ao longo dos últimos tempos e lembra que a agressividade colocada no terreno e a capacidade bélica que possuem em mãos, utilizadas na busca pelo poder, vêm comprovar que a espécie humana está só neste mundo.

Na rubrica Faz-me Espécie,  Violante Saramago Matos indignou-se com a falta de comparência de Miguel Albuquerque no Conselho de Estado da próxima segunda-feira,  por motivo de férias num claro desrespeito.