Ah mãe, meu Deus..
Eram 08h da manhã e estava um frio de rachar que fazia com que não fosse fácil sair tão cedo da cama. Era sábado e pensava para mim: Será que vale a pena ir? Mais um, menos um... nem vão dar pela minha falta. Também, no dia anterior tinha bebido uns canecos ao celebrar mais um ano de casado, em casa e em família, por isso digamos que ao acordar, a cabeça não estava a 100%.
Mas pensei, tenho que ir a esta reunião! É o futuro da nossa Madeira que está em jogo, por isso tenho de ir. Tomo um bom duche, bebo um cafézinho e siga para o Funchal.
Pelo caminho pensava na qualidade de vida que temos na Madeira e no desenvolvimento sustentado que tem sido feito nos últimos 40 anos. Aliás, até eu, sendo da Camacha, levava mais de 40 minutos de caminho para chegar ao Funchal se não houvessem as infraestruturas que hoje existem. "Política do betão", dizem os maldizentes do costume. E só o dizem porque têm estradas até casa de cada um deles, com todas as acessibilidades necessárias, mas nem todos têm esse privilégio. Por isso é que é indispensável continuar a investir e a desenvolver, por uma igualdade de acessos e facilidades para os Madeirenses.
Voltando a reunião: Chego ao Funchal a tempo, ao centro de congressos e encontro um jovem à porta orientando os congressitas para qual das filas é que deveria de ir e a facilitar a credenciação.
De resto, ao entrar, descendo as escadas com imagens do partido PPD / PSD e uma decoração bem bonita e iluminada. Fazia parecer aquelas cerimónias dos Óscares versão PSD. Houve muitos discursos com boas ideias e uma das coisas que mais gostei foi a necessária mudança de estatutos que foi anunciada pelo Dr. Prada, que assim, permite que as comissões políticas de freguesia possam ter mais elementos. Quantos mais, melhor. Foi uma reunião muito dinâmica e foi bom ver alguns companheiros que já não via há muito, visto que não existiu congresso no ano passado.
As próximas eleições são só em 2023, mas este congresso mostrou que o partido está unido, mas ainda assim é preciso lembrar que a União não precisa de ser só dita de boca para fora, precisa de ser praticada. Podemos gostar menos deste ou daquele, mas este é do nosso partido e por isso há que apoiar mais que o do outro partido que não quer o melhor para a Madeira. Parabéns ao Miguel Albuquerque pelo grande discurso de encerramento, grande estratégia e visão para a RAM.
Emanuel Camacho