Rui Abreu visitou cidade de Pretória
Actualmente, os mais jovens, ou seja, as segundas gerações de madeirenses, têm tido um papel fundamental na modernização das empresas dos pais
Pretória ou ‘Cidade dos Jacarandás’ é casa de uma imensa comunidade madeirense. Foi nesta cidade que o director regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, esteve hoje, naquele que é o seu terceiro dia de visita oficial à República da África do Sul.
Rui Abreu começou o dia com uma reunião na Embaixada de Portugal na África do Sul, nomeadamente com o embaixador Manuel Carvalho, que fez um retrato do país e elogiou o contributo da comunidade madeirense no desenvolvimento do país.
Apesar dos seus problemas e dos desafios que coloca, a África do Sul é um país de futuro e de esperança. Exemplo disso, é a forma como fez a transição bem-sucedida do Apartheid para uma nação multicultural. Rui Abreu
Graças a esta multiculturalidade, a África do Sul “soube acolher a comunidade madeirense, que tem respondido com trabalho e empreendedorismo.”
A comunidade, observa o director regional, é composta na sua maioria por pequenos empresários, mas existem cada vez mais empresas de dimensão média e até de grande dimensão lideradas por madeirenses.
Durante a tarde encontrou-se com o empresário madeirense Damião de Freitas, que preside à Assembleia-Geral da Casa Social da Madeira, em Pretória.
Damião de Freitas, que trabalha no sector da mecânica automóvel há mais de 40 anos, é um exemplo de um caso de sucesso. Saiu de Gaula com 12 anos para África do Sul e aos 24 anos estava a abrir a primeira empresa, a 'Freitas Diesel'. Seis anos depois, abria a 'D&F Diesel Fuel Services', que actualmente emprega 32 funcionários, cinco dos quais madeirenses.
“Nós estamos com muito trabalho. Há só quatro companhias em Pretória, a concorrência é pouca, e há três milhões de carros na cidade. Graças a Deus há muito trabalho”, diz o empresário, referindo que a “comunidade madeirense na África do Sul é trabalhadora, amiga, bem-sucedida, e por isso impulsiona a economia”.
Actualmente, os mais jovens, ou seja, as segundas gerações de madeirenses, têm tido um papel fundamental na modernização das empresas dos pais. “Contamos com os nossos filhos, que percebem mais das novas tecnologias, para fazer uma boa gestão das empresas e modernizá-las”.
É também com os mais jovens que a comunidade conta para dar continuidade à Casa Social da Madeira e tudo aquilo que ela representa. “Depois de dois anos sem atividades, por causa da pandemia, estamos a organizar uma festa para o dia 22 de abril”, disse com entusiasmo.
“O melhor de tudo é que este evento está a ser organizado pelos mais jovens. São eles que irão assegurar a continuidade da Casa Social da Madeira. Serão eles que irão dar continuidade à nossa cultura, às nossas tradições, ao nosso folclore”, referiu Damião de Freitas
Rui Abreu mostrou-se satisfeito com a participação dos mais jovens no movimento associativo, concluindo: “o futuro da Madeira e da madeirensidade na África do Sul está assegurado”, graças “ao dinamismo dos jovens que irão passar para as gerações seguintes a cultura e as tradições madeirenses”.