Cruz Vermelha enaltece "movimento grande de solidariedade" em Portugal
A presidente da Cruz Vermelha, Ana Jorge, enalteceu hoje, na Praia o "movimento grande de solidariedade" em Portugal para ajudar os afetados pela guerra na Ucrânia, sobretudo com alimentos, roupas e outros produtos para necessidades básicas.
"Há um movimento grande de solidariedade fora da Cruz Vermelha, de toda a população que tem sido inexcedível em encontrar quer alimentos, quer roupas, sobretudo as necessidades básicas iniciais", disse a responsável da organização humanitária.
Ana Jorge está na cidade da Praia onde participou na quinta-feira na tomada de posse dos novos órgãos sociais da Cruz Vermelha de Cabo Verde, liderada por Arlindo Soares de Carvalho, e foi recebida hoje pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
Sublinhando que Portugal é "muito solidário", por ser um "país de imigrantes e refugiados", a presidente disse que a Cruz Vermelha tem feito recolha de fundos financeiros para apoiar no local, onde existe um comité desde 2014.
Entretanto, agora com a guerra, disse que essa equipa foi reforçada, para poder ter uma maior intervenção, daí a necessidade de ter mais fundos financeiros.
Numa altura em que Portugal já está a receber os primeiros refugiados, Ana Jorge deu conta que a Cruz Vermelha já tem todas as suas equipas a postos em todo o país para apoiar nas necessidades básicas, como alimentos, apoio psicossocial e ajuda na legalização.
"Estão praticamente todos os dias a chegar grupos de refugiados e o apoio que tem sido pedido à Cruz Vermelha é estar integrado nesse apoio porque tem uma grande experiência na área de acolhimento de refugiados", frisou.
Ana Jorge lembrou, porém, que a Cruz Vermelha e Portugal têm refugiados da Síria e do Afeganistão que também precisam ser integrados.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.