A Guerra Mundo

EUA concordam com investigação a crimes de guerra por parte da Rússia

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A vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, concordou hoje com os pedidos de uma investigação internacional de crimes de guerra por parte da Rússia na invasão da Ucrânia e o bombardeamento de alvos civis, incluindo uma maternidade.

Durante uma conferência de imprensa ao lado do Presidente polaco, Andrzej Duda, em Varsóvia, onde foi demonstrar o apoio dos EUA aos aliados da NATO na Europa de Leste, Harris expressou indignação pelo bombardeamento, na quarta-feira, de uma maternidade.

"Deve haver uma investigação e todos devemos estar atentos", disse Harris, que evitou acusar explicitamente a Rússia de crimes de guerra.

Ao seu lado, Duda disse que "é evidente que na Ucrânia os russos estão a cometer crimes de guerra", acrescentando que, na sua opinião, a invasão russa comporta "características de um genocídio", porque "visa eliminar e destruir uma nação".

As autoridades da cidade de Mariupol divulgaram que três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento da maternidade, ocorrido na quarta-feira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, justificou hoje o bombardeamento desta infraestrutura por o edifício da maternidade alegadamente servir de base ao grupo nacionalista extremista ucraniano Azov.

Durante a sua visita a Varsóvia, a vice-Presidente norte-americana deve ainda conversar telefonicamente com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que esteve recentemente na Europa, a reunir com aliados, para discutir a crise na Ucrânia.

Harris viajará na sexta-feira para Bucareste, onde se encontrará com o Presidente romeno, Klaus Iohannis.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de cerca de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.