Bombardeamento de maternidade é "crime de guerra odioso"
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, classificou hoje como "um crime de guerra odioso" o bombardeamento pelas forças russas de uma maternidade e de um hospital pediátrico em Mariupol, no leste da Ucrânia.
"O bombardeamento russo de uma maternidade é um crime de guerra odioso", escreveu Borrell na sua conta na rede social Twitter, sublinhando que a cidade de Mariupol está cercada.
"Ataques aéreos a zonas residenciais e bloqueios ao acesso pelos comboios da ajuda humanitária pelas forças russas devem parar imediatamente", escreveu ainda o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, apelando à necessidade da criação de um corredor de passagem seguro para os civis.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, justificou o bombardeamento destas infraestruturas com o facto de o edifício da maternidade alegadamente servir de base ao grupo nacionalista extremista ucraniano Azov.
As autoridades de Mariupol divulgaram que três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento ocorrido na quarta-feira.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,3 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.