Uma criança e dois adultos morreram no ataque a hospital pediátrico em Mariupol
Três pessoas, incluindo uma criança, morreram no bombardeamento russo que atingiu um hospital pediátrico em Mariupol, no leste da Ucrânia, anunciaram as autoridades daquela cidade portuária.
"Três pessoas morreram, incluindo uma menina", disse o município numa informação divulgada no Telegram.
O relatório publicado no dia anterior pelas autoridades dava conta de 17 pessoas feridas.
Num comunicado separado, o município acrescentou que uma quarta pessoa foi igualmente atingida num ataque na manhã de hoje.
"As tropas russas estão a destruir deliberada e implacavelmente a população civil de Mariupol", refere o município, que tinha divulgado no dia anterior que mais de 1.200 habitantes locais foram mortos em nove dias do cerco russo à cidade.
O ataque ao hospital provocou indignação das autoridades ucranianas e ocidentais.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que considerou o ataque um "crime de guerra", partilhou vídeos mostrando a destruição - após um ataque aéreo - do edifício que abrigava uma maternidade e um hospital pediátrico, em Mariupol, porto estratégico no Mar de Azov (sudeste). No interior dos edifícios podem ser vistos destroços, folhas de papel e cacos de vidro espalhados pelo chão.
Este ataque ocorreu na véspera das conversas marcadas para hoje na Turquia entre os ministros dos Negócios Estrangeiros russo e ucraniano, o primeiro encontro entre estes governantes desde que começou a ofensiva russa na Ucrânia, há duas semanas.
Na madrugada de 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de 2,1 milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.