A Guerra Mundo

Patinadores russos e bielorrussos impedidos de participar em competições

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Os patinadores russos e bielorrussos estão suspensos de participar em qualquer competição, na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, anunciou hoje a Federação Internacional de Patinagem (ISU) em comunicado.

"Seguindo as recomendações do COI [Comité Olímpico Internacional], de forma a proteger a integridade das competições de patinagem artística e a segurança de todos os participantes (...) nenhum patinador russo ou bielorrusso será convidado ou autorizado a participar em eventos organizados pela ISU, com efeitos imediatos e até nova comunicação", informou a ISU, através do site oficial.

A Rússia é uma das principais potências na patinagem artística, tendo inclusive vencido duas medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, no mês passado.

Na segunda-feira, o Comité Olímpico Internacional (COI) recomendou que federações desportivas e organizadores de competições não convidem ou permitam a participação de atletas russos ou bielorrussos em quaisquer provas internacionais, na sequência da investida militar da Rússia em solo ucraniano.

Quando não for possível excluir os atletas ou equipas, o COI sugere que estes não possam competir sob a bandeira e o hino quer da Rússia quer da Bielorrússia, mas como verdadeiramente "neutros".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.