Os Polícias ainda acreditam na atribuição do Subsídio de Insularidade
Na altura que estava a decidir o tema de conversa para mais uma crónica, a Rússia acabava de invadir militarmente o território da Ucrânia. Que tristeza. Que sofrimento. Infelizmente, voltamos aos tempos da guerra fria e da chamada política de “coexistência pacifica”. É arrepiante pensar no que está a acontecer hoje na Ucrânia e no mundo inteiro. É horroroso imaginar a quantidade de mortes que avassala aquele país e a enormidade dos atingidos por esta guerra assassina e cobarde, quando a primeira vítima é a própria verdade!!!
É tempo de parar para pensar. Pensar a sério no que está a acontecer. Não tanto sobre de onde vêm as razões, do que o provocou, se foi inventado ou não, se surgiu por acaso ou simplesmente se apareceu como um aviso sério, que nos quer alertar para uma imensidão de perigos, fazendo lembrar os fantoches de Hiroxima e Nagasaki.
E por falar em pensar, é tempo agora de parar e falar que os polícias ainda acreditam na atribuição do tão desejado subsídio de insularidade. Pois é verdade! Quando o homem quer e acredita, a obra nasce. E não é difícil. Basta realmente saber o que se quer e lutar por isso.
É o que tem acontecido nos últimos anos com os profissionais da PSP, no Comando Regional da Madeira, e nas coisas em que acreditamos. Contra tudo e quase todos, temos conseguido afirmar por entre os princípios que temos defendido, levando mesmo os outros, mais reticentes, a comungarem das nossas ideias.
As lutas sindicais, todos o sabemos, têm sido titânicas, dignas de verdadeiros lutadores, usando-se a palavra como arma. Para os profissionais da PSP, essas lutas baseiam-se em princípios fundamentais e em objetivos em que apostámos. Ultimamente, essas lutas têm como objetivo derrotar a predominância, ainda existente em alguns sectores da sociedade política e para o despertar de consciências.
É assim, aos poucos, que se ganham as grandes causas e os Deputados da Assembleia Legislativa Regional souberam fazer esta leitura, por isso, entenderam que a proposta de lei apresentada no dia 16 de fevereiro no parlamento regional, justifica-se por razões de equidade e de justiça relativa quanto às várias categorias de funcionários públicos que prestam serviço na Região Autónoma da Madeira, como aliás, já acontece relativamente aos funcionários da administração central que prestam serviço na Região Autónoma dos Açores.
Como os polícias acreditam em objetivos e lutam pela concretização deles, não desistiremos de lutar por um subsídio de insularidade com o objetivo de minimizar os custos de insularidade aos profissionais das forças e serviços de segurança, que são trabalhadores da Administração Pública Central que desempenham funções na Região Autónoma da Madeira. Iremos até ao fim, mesmo sabendo que é difícil ganhar sozinho. Se outros acreditam no mesmo, que se unam a nós!
Todos os profissionais das forças de segurança sabem, que não basta a proposta de lei votada por unanimidade no parlamento regional para ganhar essa luta e por isso mesmo, temos que buscar uma aliança natural dentro do espectro político nacional para que seja possível a sua aprovação.
Na verdade, também não vejo o porquê que esta proposta de lei não possa ou não seja aprovada, como também, não vejo o porquê do atraso deste entendimento entre partidos políticos na Assembleia da República, já que a ASPP – delegação regional foi o primeiro sindicato a dar a cara nesta luta socorrendo-se a todos os partidos políticos com assento parlamentar na assembleia legislativa regional.
Vai ser uma luta contra o tempo, como já estamos habituados. Não haverá muito de novo, a não ser que os deputados na Assembleia da República estejam no tempo errado. Afinal o que nós precisamos é ter confiança no futuro e acreditarmos que os deputados eleitos pelo círculo da Madeira e dos Açores na próxima legislatura votem a favor desta proposta. E os trocos que venham, pois são sempre bem-vindos.
Agora, meus senhores, ocupem os seus lugares e mostrem que a democracia tem pernas para andar e, por favor, não nos façam ir a eleições novamente daqui a dois anos.