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Perguntar a quem sabe... e também a quem não sabe

Fico admirado já em 2022, haver pessoas, que pensam e actuam contra a evidência técnico-científica

Tem um título paradoxal esta conversa, mas, quando tratamos de assuntos ou acontecimentos relacionadas com a Mãe Natureza, devemos perguntar a quem sabe, ... quem estudou para responder com fundamento a tudo isso, ... e talvez e também a quem não sabe! Vamos continuar, contando uma história verídica nos anos 60, uma históriazeca familiar, quando o meu pai, o condutor da família com os meus avós incluídos, de férias a caminho do Porto Moniz, ... duas horas de viagem sem desvios, ... resolve parar no Lugar de Baixo, pelo singelo motivo em observar as ondas do mar! Exactamente naquele local, onde estão “estacionados” os resquícios duma marina! Parou aí nesse preciso local antes do túnel, porque sabia onde as ondas eram grandes e bonitas! E eis que de repente vem uma ONDA ... se o meu pai não arrancava de imediato com o Fiat 600-D, ficávamos lá todos ...! Como disse e bem conhecem, mais tarde, nesse mesmo local, “misteriosamente”, construiu-se a tal marina ... que ainda lá está , totalmente inválida! Os habitantes daquela zona, que não sabem, ... não sabem de marinas claro, nem de construções navais ou marítimas, sempre acharam aquele local, perigoso, agressivo, muito susceptível aos efeitos das ondas, que ali se desenvolviam, súbitamente. Alguém lhes questionou sobre a construção duma obra marítima daquela natureza naquele local?

E vamos adiante, porque paralelamente, tenho reparado alguns anos a esta parte, a facilidade com que as pessoas - diga-se com todo o direito - falam, comentam, discutem as enfermidades, a medicação, procurando perceber as opções quando as há, tentando entender o vasto mundo da medicina e das suas patologias. É muito importante que as pessoas queiram saber e também e mais importante ainda, que os técnicos de saúde lhes saibam explicar. Tudo isto poderá ser fruto do fácil acesso ao “doutor google” onde se pode encontrar o bom e o mau, ambos misturados, sem grandes referências ou garantias. Mas, o mais importante é saber e informar! Até porque como afirmei, é um direito e também um dever! E neste contexto, tenho observado diáriamente as opiniões sobre as vacinas para a covid-19, extrapoladas para as vacinas em geral, oriundas das mais variadas fontes: médicos, virologistas, investigadores, matemáticos, políticos, candidatos partidários, comentadores e últimamente até crianças. Cada qual falando daquilo que sabe! Lógicamente, desde o zero ao mais infinito! Até os humoristas falam do assunto, .... com muita essência e até muita piada!

Então, sabemos estar perante um problema de saúde pública, com uma doença á escala mundial, e vamos assim perguntar a quem sabe - que só sabe o que é possível saber - e mesmo assim vai tentar definir, prioridades, actuações, regras, disposições, e, disponibilizar os elementos de combate á doença. Um desses elementos é a vacina! Porque se trata de um vírus e o mundo moderno tem o previlégio em possuir, históricamente, uma larguíssima experiência sobre a produção, inoculação e respectiva protecção das vacinas, ... a primeira delas ocorrida no século XVIII, em 1789, contra a varíola, a qual vacina, foi responsável pela erradicação dessa doença no mundo. Mas, acham correcto andar a perguntar a quem não sabe, esta história das vacinas, neste caso, num contexto duma doença que está sempre a mudar de “rosto”? O certo é que, expontâneamente, surgiu um “movimento” contra as vacinas, com pessoas que pensam diferente, movimento que movimenta mais a zona da bôca ... com os seus disparates, do que a zona do encéfalo, ... que lhes seria particularmente mais útil. Fico admirado já em 2022, haver pessoas, que pensam e actuam contra a evidência técnico-científica, que é o resultado de quem estuda e trabalha, para proteger e servir, em benefício da saúde pública mundial.

Por tudo isto, considero que, quem sabe, sabe, ... ou deve saber! Quem não sabe, porque desconhece ou não estudou, pode ser útil ... pela sua experiência, pelo seu empirismo e observação, mais particularmente nos fenómenos relacionados com a Mãe Natureza, nas suas variâncias, nos seus sinais, nas suas evidências.

Entre aqueles que não sabem, existem os honestos, colaboradores, também demonstrando alguma lógica e existem também os dissidentes, que dão nas “vistas” por quaisquer motivos, mesmo fúteis.

Para ser diferente não basta sê-lo; é necessário saber justificá-lo! Além disso, o dever de não prejudicar sanitáriamente os nossos semelhantes está acima de todos os direitos pessoais e concerteza de todas as leis!

P.S. Para que se faz um registo "PLF" entre as ilhas e o continente se não se exige teste covid para viajar nesses espaços? Deve haver uma explicação sobrenatural, concerteza!