Juros da dívida caem em todos os prazos, depois dos máximos desde a Primavera de 2020
Os juros da dívida portuguesa estavam hoje a cair a dois, a cinco e a 10 anos, alinhados com os de Espanha, Grécia, Irlanda e Itália, depois de terem subido para máximos desde a primavera de 2020.
Às 08:25 em Lisboa, os juros a 10 anos recuavam para 1,004%, contra 1,058% na terça-feira, um máximo desde maio de 2020.
Neste prazo, os juros terminaram em terreno negativo nas sessões de 08, 11 e 15 de janeiro de 2020 e atingiram o atual mínimo de sempre, de -0,059%, em 15 de dezembro de 2020.
No mesmo sentido, os juros a cinco anos baixavam, para 0,286%, contra 0,331% na terça-feira, um máximo também desde maio de 2020, depois de terem recuado para o atual mínimo de sempre, de -0,506%, em 15 de dezembro de 2020.
Os juros a dois anos também desciam, para -0,201%, contra -0,172% na terça-feira e o mínimo de sempre, de -0,814%, em 29 de novembro de 2021.
Os juros das dívidas soberanas europeias começaram a subir mais significativamente depois de a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, ter admitido em 03 de fevereiro uma subida das taxas de juro diretoras do banco central da zona euro já este ano, para combater o aumento da inflação.
Na sequência da reunião do Conselho de Governadores e de uma subida da inflação homóloga 'flash' da zona euro para 5,1% em janeiro, o BCE admitiu na passada quinta-feira endurecer a política monetária este ano com subidas das taxas de juro.
Também na quinta-feira, o Banco de Inglaterra (BoE) subiu, pela segunda vez em dois meses, a taxa de juro diretora de 0,25% para 0,5%.