Artigos

Ainda há quem não tenha espelho…

Além disto temos que fazer referência às bancas rotas de Alberto João Jardim. A primeira no tempo de Cavaco Silva como Primeiro Ministro

Na noite das eleições para a Assembleia da República, de 30 para 31 de Janeiro passado apareceram na RTP Madeira os líderes do PPD Madeira e do CDS Madeira para comentarem os resultados eleitorais.

Miguel Albuquerque, também Presidente do Governo Regional da Madeira e do PPD Madeira, em vez de cumprimentar o adversário político pela sua vitória, tal como fez o Presidente do seu Partido a nível Nacional, que antes de comentar as suas declarações, disse que já tinha telefonado a António Costa a dar-lhe os parabéns pela vitória. A habitual boa educação dos governantes madeirenses, mais uma vez foi dada com criticas ao Governo da República.

Começou por dizer que António Costa pôs Portugal na cauda da Europa, assim de uma maneira curta e grossa, quando Portugal é dos países que mais cresceu e que só foi interrompida com a pandemia. Aliás no ano de 2021 voltou a crescer quase cinco por cento, esquecendo-se de que o seu partido tinha transformado a Madeira na Região mais pobre de Portugal ao fim de 46 anos de governação do seu PPD. Quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras à sua vizinhança !!!!! Isto demonstrou que ele, Miguel Albuquerque, não quer um bom relacionamento com o Governo da República, porque pretende arranjar culpados para a sua incompetência e desgovernação. Não nos devemos esquecer que quase 50% das receitas regionais são para pagar a dívida e os seus juros e isso torna-o incapaz de arranjar soluções governativas. Cada um só pode dar o que tem dentro da cabeça.

O ainda Presidente do CDS M, seguiu-lhe o exemplo, indo buscar hipotéticas bancas rotas dos Governos Socialistas, quando ele próprio sabe que não foram os governos do PS que provocaram essas situações difíceis para o país. A primeira vez que Portugal teve que recorrer ao FMI, foi quando governava juntamente com o CDS e que devido ao grande prestigio que Mário Soares tinha conseguiu arranjar, rapidamente o dinheiro suficiente para tapar os buracos que o governo de Vasco Gonçalves deixou. A segunda vez que houve necessidade de recorrer ao FMI, foi novamente o prestigio internacional de Mário Soares que conseguiu resolver essa situação para tapar os buracos deixados pelos governos da AD (PPD+ CDS). A terceira deve-se a uma crise internacional e a alguns erros cometidos pelo governo de José Sócrates e que ele próprio arranjou a solução, que seria através do PEC IV e que numa aliança anti-natura, o PPD e o CDS se aliaram à extrema esquerda, ao BE e ao PCP, depois do programa já estar aprovado por Bruxelas. Aliás a própria Senhora Merkel disse que tinha sido um grande erro o seu chumbo.

Além disto temos que fazer referência às bancas rotas de Alberto João Jardim. A primeira no tempo de Cavaco Silva como Primeiro Ministro que obrigou o Governo Regional e as Camaras Municipais da Região Autónoma da Madeira, todas do PPD, a irem à banca para pagarem as suas dívidas. A segunda, quando Guterres era Primeiro Ministro que pagou 75% da dívida Regional no valor de 110 milhões de contos (550 milhões de euros) e mais cerca de vinte milhões de contos (100 milhões de Euros), num total de 650 milhões de euros, para tapar os buracos da saúde. A terceira vez e a mais grave foi quando Alberto João Jardim fez uma divida oculta de mais de seis mil milhões de euros.

Passos Coelho alterou a lei das Finanças Regionais, com o voto favorável dos Deputados do PPD/M na Assembleia da República, aumentando grandemente o IVA que de 16 passou para 22% de 9 para 12% e de 4 para 5%, além da subida do IRS e de 15% no Imposto sobre os produtos petrolíferos (gasolina, gasóleo e gás). Agora imaginem se as famílias madeirenses estivessem a pagar os impostos antigos, como acontece com os Açores, poderiam viver muito melhor, pois a diferença de impostos era, para um ordenado médio de 1.000 euros por mês, cerca de mil euros por ano a mais que entrava na economia familiar. Além disso Passos Coelho e Paulo Portas obrigaram a Madeira a pagar juros da divida da ordem dos 3,5% que só foram baixados quando Costa equiparou os juros da dívida aos juros que a República paga nos empréstimos ao estrangeiro originando uma poupança de cerca de 100 milhões de euros.

Senhor Presidente do Governo e Senhor Secretário Regional da Economia, ou Senhores Presidentes do PPD e do CDS, aprendam, por favor a serem educados e a cumprirem com as regras da etiqueta, ou será que precisam de um curso com a Paula Bobone????

Nota: Queria dizer ao Secretário da Saúde, Dr. Pedro Ramos que a minha mulher teve Covid 19, sem qualquer sintoma, nomeadamente febre e dificuldades respiratórias….