Palmeiras de Abel Ferreira bate Al-Ahly e é o primeiro finalista
Al Hilal de Leonardo Jardim disputa amanhã frente ao Chelsea o outro lugar na final do Mundial de Clubes de futebol
O Palmeiras, de Abel Ferreira, tornou-se hoje o primeiro finalista do mundial de clubes de futebol, após bater, com justiça, os egípcios do Al-Ahly, por 2-0, em Abu Dhabi.
O conjunto canarinho, bicampeão sul-americano e que na época passada terminou esta competição no quarto lugar, batido no jogo de consolação pelo rival de hoje, campeão africano, aguarda agora pelo desfecho da outra meia-final, na quarta-feira, entre o Al Hilal de Leonardo Jardim, campeão asiático, e o Chelsea, detentor do cetro europeu.
Raphael Vieira, aos 39 minutos, e Dudu, aos 49, ambos em lances de transição rápida, e com assistências invertidas, fizeram os golos que permitem aos 'canarinhos' sonhar com título inédito.
Os brasileiros, em início de época, foram mais fortes no primeiro tempo ante um rival bem mais desgastado -- vários atletas disputaram no domingo a final da Taça das Nações Africanas (CAN) perdida pelo Egito, de Carlos Queiroz, para o Senegal -, nomeadamente com supremacia exibida em ataque planeado.
Ainda assim, foi em transição rápida que esse domínio foi materializado em golo, com Dudu a lançar Raphael Veiga nas costas da defesa, com o seu remate cruzado a passar fora do alcance do guarda-redes.
A vantagem traduzia a maior ousadia e consistência dos sul-americanos, ante um opositor que parecia não ter entrado, ainda, verdadeiramente em jogo.
Os africanos surgiram mais afoitos na etapa complementar, facto que resultou em nova desatenção defensiva, aproveitada por Dudu, que, lançado por Raphael Veiga e sozinho na direita, correu todo o meio-campo contrário sem qualquer oposição e, já na área, disparou para o 2-0, com as luvas de Lofti a não conseguirem desviar a potência do remate.
Apesar do revés, o Al-Ahly persistia no sonho e assumiu o controlo da partida, ante um conjunto de Abel Ferreira agora incapaz de definir o ritmo do desafio e manter a posse de bola. Os africanos tentaram de várias formas, mas não conseguiram bater Weverton.
Da única vez que o conseguiram, aos 72 minutos, numa má abordagem do guarda-redes, valeu aos brasileiros o fora de jogo de Mohamed Sherif, que aproveitou o brinde para atirar para a baliza deserta.
Aos 81 minutos, Ayman Ashraf teve uma entrada violenta sobre Rony e, com a indicação do VAR, acabou expulso, acabando assim com as já ténues esperanças de recuperação da sua equipa.
Ainda assim, aos 90+5, Weverton fez a defesa da noite e, no mesmo lance, foi a trave a evitar o tento de honra do Al-Ahly.