Roménia recebe primeiro reforço de militares norte-americanos
Um primeiro destacamento de soldados norte-americanos, enviados por Washington para tranquilizar os aliados preocupados com a tensão na fronteira ucraniana, chegou à Roménia, anunciou hoje o Governo romeno.
"Cem soldados norte-americanos, encarregados de preparar o desdobramento (do futuro contingente), já chegaram", disse o ministro da Defesa da Roménia, Vasile Dancu, acrescentando que os restantes operacionais mobilizados irão juntar-se em breve a este destacamento.
No início deste mês, os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram que iriam enviar mais 3.000 soldados para a Europa de Leste, incluindo 1.000 para a Roménia, em apoio às forças da NATO na região.
Os EUA acusam a Rússia de estar a preparar uma potencial invasão da Ucrânia, um país já dilacerado por uma guerra civil desde 2014, conflito que opõe na zona leste as forças de Kiev e separatistas pró-russos, presumivelmente apoiados por Moscovo.
A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas condiciona o desanuviamento da crise a exigências que diz serem necessárias para garantir a sua segurança, incluindo garantias de que a Ucrânia nunca fará parte da NATO e que a Aliança retirará as suas forças para as posições de 1997.
Para tranquilizar os seus aliados, os EUA têm reforçado a sua presença militar na Europa de Leste e, no passado sábado, chegaram à Polónia os primeiros militares de um total de 1.700 soldados norte-americanos.
A França -- que se mostrou disposta a "comprometer-se com novas missões", de acordo com o Presidente Emmanuel Macron - também enviou especialistas para a Roménia, no final de janeiro, com vista a um possível envio de tropas.
A Roménia, membro da Aliança Atlântica desde 2004, já acolhe no seu território 900 soldados norte-americanos, 140 italianos e 250 polacos.