Sistema de alerta de aluvião ligado aos municípios até ao final do mês
Miguel Albuquerque visita, na próxima segunda-feira, o Laboratório Regional da Engenharia Civil da Madeira
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, visita, na próxima segunda-feira, dia 7 de Fevereiro, pelas 12 horas, as instalações do Laboratório Regional da Engenharia Civil da Madeira (LREC), em São Martinho, que está a implementar a primeira fase do Sistema Integrado de Monitorização e de Alerta de Riscos Naturais.
"Até ao final do mês este Sistema será ligado a todos os municípios até ao final do corrente mês, estando em curso diversas diligências nesse sentido", adianta o executivo em nota remetida à imprensa.
Esta primeira fase está orçada em três milhões de euros e o projecto global (já contando com todas as fases), a concluir até 2024, ascende aos 9 milhões de euros.
"A extensão do Sistema à totalidade do território regional até ao final de 2023, inícios de 2024, é um dos objectivos do Laboratório Regional de Engenharia Civil, estando a sua prossecução dependente da disponibilidade de financiamento", salienta o Governo Regional, admitindo para o efeito recorrer ao "aproveitamento de fundos europeus para apoio à investigação e ao desenvolvimento tecnológico".
No seu actual estado de desenvolvimento, o sistema avalia, em tempo real, os níveis de risco associados à probabilidade da ocorrência de inundações, de derrocadas e aluviões em condições climatéricas adversas ou de precipitação prolongada, indica os locais de risco através de uma plataforma gráfica de fácil leitura desenvolvida para esse efeito específico e informa, a cada momento, o estado das diversas variáveis geofísicas que interessam à quantificação dos riscos.
Na vertente da vigilância dos fogos florestais, avalia em tempo real o nível probabilístico da ocorrência de incêndios em qualquer ponto da ilha da Madeira em função das condições meteorológicas, deteta autonomamente os pontos de ignição nas áreas sob vigilância e posiciona as respetivas coordenadas geográficas na mesma plataforma gráfica.
As diversas câmaras de videovigilância permitem também visualizar, a cada momento, as condições dos escoamentos fluviais nas ribeiras já monitorizadas e avaliar riscos de galgamento de margens e de inundação, estando também o sistema equipado com um outro conjunto de câmaras comandadas por via remota para televigilância de áreas florestais.
O sistema, apesar de funcional, não está ainda inteiramente concluído.
No que se refere ao controlo dos escoamentos fluviais, apenas dois dos municípios regionais estão cobertos por câmaras de televigilância, designadamente o Funchal e Ribeira Brava.
No que respeita à detecção remota e televigilância de fogos apenas as áreas florestais dos municípios da Calheta, Porto Moniz, Ponta do Sol, São Vicente e Funchal estão controladas.