Coligação PSD/CDS "vacilou" com o resultado do PS-Madeira, diz Carlos Pereira
"Com o resultado obtido pelo PS-M a coligação vacilou, gerou instabilidade e colocou dúvidas sobre a sua consistência com efeitos na governação". As palavras são de Carlos Pereira, deputado recém-eleito à Assembleia da República, quase uma semana depois das eleições legislativas que deram a maioria absoluta ao PS nacional, tendo os socialistas eleito 3 deputados na Região, o mesmo número de parlamentares que a coligação PSD/CDS.
Recorrendo à sua conta no Facebook, Carlos Pereira começa por lembrar que o PS-M concorreu sozinho pela terceira vez consigo como cabeça-de-lista a umas eleições legislativas nacionais. Nas duas últimas eleições foi possível eleger 3 deputados, um "facto inédito" ter sido obtido em eleições consecutivas, diz.
Não temos vergonha do trabalho do governo socialista mas confiamos nas nossas capacidades e no nosso empenho . Na prática sublinhamos a parceria positiva entre governo PS/empenho dos deputados do PS-M /e interesse dos madeirenses. Em todas estas campanhas em que fui cabeça de lista, liderei a comunicação e seguimos a estratégia de regionalizar a campanha e estou certo que foi o mais acertado porque os resultados não desmentem. Carlos Pereira, deputado recém-eleito pelo PS-M à Assembleia da República
"PS-M não ganhou as eleições" mas "cumpriu objectivo"
Sem receio, expressa que "o PS-M não ganhou as eleições (de resto nunca ganhou na Madeira) mas cumpriu o seu objectivo de ter 3 deputados".
Sem apontar nomes, diz que "muitos desconfiaram dessa possibilidade".
Já a coligação PSD-CDS perdeu muitos votos ( três vezes mais que o PS) e não cumpriu o objectivo propalado de retirar 1 ou até 2 deputados ao PS-M. Carlos Pereira, deputado recém-eleito pelo PS-M à Assembleia da República
A terminar, Carlos Pereira deixa três notas finais, numa espécie de receita para sucessos futuros.
A importância da unidade porque um partido desunido não cumpre objectivos ( digo desde 2017 quando o PS-M permitiu umas eleições internas de ruptura!); a importância da consistência de resultados é determinante para manter o partido como alternativa ( ter segurado o resultado acima dos 30% foi decisivo para assegurar esse objectivo); e finalmente discurso da autonomia deve ser vigoroso , consequente e genuíno evitando cair na velha armadilha injusta e perversa que o PS-M não acolhe os princípios autonómicos. Carlos Pereira, deputado recém-eleito pelo PS-M à Assembleia da República