Regime venezuelano celebra 30.º aniversário de golpe de Estado liderado por Hugo Chávez
Milhares de venezuelanos, civis e militares, saíram hoje às ruas de Caracas para assinalar o 30.º aniversário da tentativa falhada de golpe de Estado de 4 de fevereiro de 1992.
A data marca a insubordinação de um grupo de militares contra o então presidente Carlos Andrés Pérez (1974-1979 e 1989-1993), liderados pelo comandante da Brigada de Paraquedistas Hugo Chávez, que em 1999 viria a ser eleito Presidente.
As "marchas da dignidade e rebelião permanente", tiveram como propósito assinalar o que o chavismo diz ser "uma viragem histórica" na Venezuela, uma "rebelião cívico-militar encabeçada por Hugo Chávez [presidente entre 1999 e 2013], que reivindicou o poder popular".
"Há 30 anos, um homem militar, pronunciou-se pelo resgate da nossa República perante tanta desigualdade. Hoje, cumprem-se 30 anos (...) o povo está comprometido e está aqui para acompanhar o Presidente Nicolás Maduro, para dizer ao mundo que nem com uma guerra económica nos vão humilhar", disse aos jornalistas um dos manifestantes, Alí Gerónimo Acosta.
No Quartel da Montanha, onde está sepultado Hugo Chávez, o vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), Diosdado Cabello, presidiu a um desfile militar em comemoração do aniversário da rebelião.
Através das redes sociais, o atual Presidente, Nicolás Maduro, elogiou "o espírito rebelde" de Hugo Chávez, que levou à rebelião.
"Hoje comemoramos a aurora rebelde de 4 de fevereiro, data que significou o grande renascimento do pensamento bolivariano na história da Venezuela. Cumpramos o juramento que fizemos ao Comandante Chávez, o homem que há 30 anos ressuscitou a Pátria", escreveu Maduro no Twitter.
Os atos comemorativos do 30.º aniversário do 4 de fevereiro de 1992 começaram na noite de quinta-feira com a inauguração, pelo Presidente Nicolás Maduro, da Praça da Rebelião Anti-imperialista, em Caracas.