JPP acusa Albuquerque de "falhar" revisão das taxas aeroportuárias
Numa actividade promovida, na manhã desta sexta-feira, 4 de Fevereiro, na Assembleia Legislativa da Madeira, Élvio Sousa lembrou a garantia de Miguel Albuquerque, a 12 de Novembro de 2021, de que “as taxas aeroportuárias dos aeroportos da Região, as mais caras ao nível nacional, seriam revistas no prazo máximo de dois meses".
O líder do JPP precisa, que as declarações do presidente do Governo Regional garantiam que tal aconteceria “dentro de um mês a dois meses”.
"Passados mais de dois meses, e sem qualquer alteração, questiona-se a Miguel Albuquerque onde paira esse compromisso garantido à população, de baixar as taxas?”, interroga Élvio Sousa.
Segundo o deputado, esta é uma situação que prejudica, “ainda mais, a débil economia regional, penalizando o destino, o turismo, a atração de mais rotas e companhias aéreas e o próprio custo de vida das empresas e das famílias”.
“Daqui se depreende que Miguel Albuquerque não cumpre com a palavra dada à população: levanta expectativas de boa-nova, mas, no fundo, fica mudo e subserviente às ordens emanadas dos grandes grupos de interesse”, destacou.
Para Élvio Sousa, a situação torna-se "mais grave" dado que estas afirmações “foram proferidas dias depois da Comissão Executiva da ANA (grupo VINCI) deliberar subir os preços as taxas aeroportuárias praticadas nos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, um aumento médio de 1,18%, ou seja, um aumento médio de 14 cêntimos”.
“À custa disso as infra-estruturas da ilha da Madeira e do Porto Santo são os aeroportos mais caros da rede de aeroportos nacionais geridos pela Vinci. Mais uma taxa sobre a economia e sobre a população”, frisou.
Élvio Sousa estranha ainda que o “secretário Eduardo Jesus esteja mudo e calado sobre esta matéria”, pois “quando as taxas se mantiveram inalteradas correu para os 'diários' a informar que os compromissos estavam a ser integralmente cumpridos. Mas quando o grupo Vinci deliberou aumentar as taxas aeroportuárias, mais 14 cêntimos do que em 2021, tem andado calado e subserviente com esta situação lesiva à competitividade da economia regional”.
“Recordamos que, em 2017, o secretário regional Eduardo Jesus afirmou o seguinte: 'existe um compromisso que temos vindo a acompanhar no que toca à redução dessas mesmas taxas na Madeira, por convergência às praticadas em Lisboa, o qual tem sido cumprido ano após ano', menorizando o facto de que o objectivo do acordo era reduzir as taxas aeroportuárias da Madeira até atingirem os valores do Aeroporto de Lisboa e não o contrário”, expôs o parlamentar.
“Cinco anos depois, reina o silêncio por aqueles lados”, concluiu.