Kremlin anuncia deslocação de Olaf Scholz a Moscovo a 15 de Fevereiro
O Kremlin anunciou hoje que o chanceler alemão, Olaf Scholz, vai encontrar-se com o Presidente Vladimir Putin no próximo dia 15 em Moscovo, numa altura de tensões entre a Rússia e o Ocidente marcada pela questão ucraniana.
A visita do chanceler alemão ocorre uma semana depois da deslocação do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
"A data foi considerada. De facto, vai decorrer uma visita do senhor Scholz a 15 de fevereiro a Moscovo. Vão ser conversações bilaterais importantes", disse hoje o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O porta-voz confirmou igualmente a deslocação de Emmanuel Macron a Moscovo para encontros com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin.
O chanceler alemão desloca-se à capital da Ucrânia no próximo dia 14, um dia antes da visita a Moscovo, disse, entretanto, em Berlim, o porta-voz do chanceler alemão Wolfgang Buchner.
A Alemanha e a França são dois países mediadores do conflito entre o governo da Ucrânia e os separatistas pró-russos, apoiados por Moscovo, no leste do território ucraniano e que se prolonga desde 2014.
Olaf Scholz e Emmanuel Macron pretendem o atenuar das tensões entre a Rússia e o Ocidente numa altura em que Moscovo destacou milhares de soldados para a zona de fronteira com a Ucrânia, fazendo aumentar os receios de uma invasão militar.
Por outro lado, a Rússia rejeitou as acusações da administração dos Estados Unidos que na quinta-feira disse que Moscovo está a preparar a divulgação de imagens falsas de um ataque militar ucraniano para justificar uma invasão.
"Recomendo a toda a gente não acreditar neste assunto, muito em particular o Departamento de Estado norte-americano", disse hoje o porta-voz do Kremlin.
Os departamentos de Estado e da Defesa norte-americanos acusaram, sem mostrar provas, que Moscovo pretende produzir um filme de propaganda "muito violento" com a exibição de "cadáveres" e equipamento militar ucraniano e ocidental.
As imagens do ataque falso teriam como objetivo conseguir um pretexto para os militares da Rússia invadirem a Ucrânia.