Madeira vai alargar vacinação contra a covid-19 às crianças a partir dos seis meses
Região só aguarda recomendação oficial das autoridades internacionais
A Madeira prevê em breve poder alargar a vacinação contra a Covid-19 para crianças a partir dos seis meses de idade. Decisão que só está dependente das autoridades internacionais, que devem já este mês recomendar a vacinação a todos a partir do meio ano de idade.
“Este mês sairá a recomendação para vacinarmos abaixo dos cinco anos, entre os 6 meses e os quatro anos, com doses apropriadas em função do peso e da massa corporal da criança, que é como se faz quando se pensa em administrar qualquer medicamento a uma criança”, começou por assinalar o secretário regional de Saúde, Pedro Ramos. Acrescentou que “se a opção mundial é a vacinação, essa tem de ser a vacinação de todos nós”, reforçou o governante, à margem de visita à obra do novo Hospital Central e Universitário da Madeira.
Pedro Ramos lembra que “a opção mundial é a da vacinação” e que esta é a recomendação não apenas da OMS, mas das principais autoridades europeias do sector, para insistir no apelo à vacinação também das crianças “que é grátis e é segura”. Aos que ainda possam duvidar da sua eficácia, assinala que “já foi administrada em 9 milhões de crianças nos EUA sem reacções adversas”, números que fazem aprovar ainda mais a segurança a administração da vacina em todas as faixas etárias, mesmo nas crianças e em particular nos mais novos, “escalão onde a vacinação é prioritária para todas as doenças, para todos os problemas de saúde pública, inclusive a Covid-19 e é isso que tem de ser entendido pelos pais”, salientou em declarações ao DIÁRIO.
Sobre a ‘manchete’ de hoje do DIÁRIO de Notícias que dá conta de ’12 mil crianças sem vacina excluídas de actividades’, Pedro Ramos minimizou o constrangimento, ao lembrar que os não vacinados têm como alternativa o teste (antigénio ou PCR) para cumprir com os novos requisitos resultantes da última Resolução do Governo Regional.
Embora reconheça que as pessoas têm os seus direitos de ser ou não vacinadas, assegura que as crianças não vacinadas “não ficam excluídas” porque a Resolução confere a possibilidade do teste para aceder às iniciativas extracurriculares. “Todos aqueles que por alguma razão não têm concluído esse processo (vacinação) têm a possibilidade de fazer um teste que tem validade semanal como já estava na testagem massiva e podem continuar com as suas actividades”, afirmou. “Se fosse por falta de vacinas então a reclamação seria ainda maior”, atirou.
Ainda assim insiste que “a vacinação deve ser feita” por conferir “coeficiente de protecção elevado” ao reafirmar que a mesma “evita os internamentos, evita os cuidados intensivos e evita a mortalidade”.
Pedro Ramos quer todos a “trilhar o caminho que está a ser trilhado desde 31 de Dezembro de 2020 (início da vacinação na Região)” e assim “vacinar o mais rapidamente possível toda a população.
Ainda sobre o esquema vacinal das crianças, prevê que “em princípio só poderá ficar concluído em Junho deste ano”.