A Guerra Desporto

EHF suspende com "efeitos imediatos" clubes e selecções da Rússia e Bielorrússia

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A Federação Europeia de Andebol (EHF) decidiu hoje suspender com "efeitos imediatos" os clubes e seleções da Rússia e Bielorrússia, face à invasão militar dos russos à Ucrânia.

Com esta sanção, os russos do Chekhovskiye Medvedi, adversários do Benfica na Liga Europeia de andebol, ficam automaticamente impedidos de competir no grupo B, no qual os 'encarnados' são segundos classificados, com 13 pontos, os mesmos do GOG (Dinamarca).

"Com efeitos imediatos, as seleções nacionais da Rússia e da Bielorrússia, bem como os clubes russos e bielorrussos que competem nas competições europeias de andebol, estão suspensos. Isto vale até novo aviso e refere-se a todas as competições atuais a nível de clubes e seleções", pode ler-se no comunicado, após uma reunião extraordinária do organismo.

Além de afetar clubes e seleções russas, os "árbitros e oficiais da Rússia e da Bielorrússia também não serão indicados para partidas futuras até novo aviso", assim como membros da federação russa e bielorrussa, que não serão chamados para reuniões e atividades.

A EHF justifica que estas medidas, entre outras, tiveram de "ser introduzidas com efeitos imediatos, uma vez que a guerra na Ucrânia continua a intensificar-se, comprometendo os princípios de cooperação do organismo a nível europeu e o espírito de justiça".

Nos próximos dias, haverá uma restruturação das várias competições a nível de clubes e seleções, seguindo os princípios desportivos e regulamentos existentes, conforme indica a nota.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.