A Guerra País

Açores de "braços abertos" para acolher familiares de imigrantes

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O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, apelou hoje à paz na Ucrânia e garantiu que a região está de "braços abertos" para receber familiares de imigrantes ucranianos.

"Temos uma comunidade ucraniana nos Açores, que, se entender poder aqui acolher e receber os seus familiares, será de braços abertos que a Região Autónoma dos Açores receberá os ucranianos que decidam vir à procura de paz nos Açores", afirmou o chefe do executivo açoriano, em declarações aos jornalistas, em Ponta Delgada, à margem de uma audiência com o comandante operacional dos Açores, tenente-general Luís Morgado Baptista.

José Manuel Bolieiro reiterou o "apelo à paz", em nome do Governo Regional e dos Açores, esperando que possam ser dados "passos significativos" no regresso da paz à Ucrânia.

O presidente do executivo açoriano salientou, por outro lado, o "serviço inestimável de apoio às populações" prestado pelas forças armadas nos Açores.

"A população tem uma relação próxima, e até mesmo afetuosa, com a presença das forças armadas nos seus diferentes ramos", frisou.

O comandante operacional dos Açores reiterou, por sua vez, "a disponibilidade das forças armadas" para continuarem "a colaborar com as instituições do Governo Regional e outras instituições públicas".

Luís Morgado Baptista destacou, a título de exemplo, os programas de divulgação das forças armadas nas escolas e na Universidade dos Açores, com quem o comando operacional tem também parcerias em projetos de investigação e desenvolvimento.

O comandante revelou ainda que o dia festivo do Estado-Maior-General das Forças Armadas será assinalado, este ano, na ilha de São Jorge, no dia 03 de setembro, na sequência do exercício "Lusitano", que terá lugar, na mesma ilha, entre o final de agosto e o início de setembro.

Já o dia festivo do Comando Operacional dos Açores será comemorado em Ponta Delgada, de 17 a 20 de março, com uma conferência do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e cerimónias militares, culturais e religiosas.

A audiência ocorreu antes de José Manuel Bolieiro ter obtido um resultado positivo num teste de despiste do SARS-CoV-2, que o obrigou a cancelar a agenda para os próximos dias.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100 mil deslocados e quase 500 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.