Município de Oliveira do Hospital disponível para receber refugiados
O município de Oliveira do Hospital manifestou hoje disponibilidade para acolher os refugiados da Ucrânia, após a invasão militar da Rússia.
"Perante os apelos de instituições internacionais não podemos ficar insensíveis e temos o dever de ser solidários para com o povo ucraniano, que vive atualmente um dos momentos mais tristes da sua história", adianto o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, citado numa nota de imprensa.
O autarca acrescentou que o município está em condições de "proporcionar uma oportunidade de vida a cidadãos ucranianos que queiram viver num lugar seguro".
José Francisco Rolo, que "condena veementemente a ação militar da Rússia na Ucrânia", afirmou ainda que o município vai comunicar de imediato ao Governo e à Embaixada da Ucrânia em Portugal o programa de acolhimento que está a ser preparado, com vista a colaborar ativamente na ajuda humanitária ao povo ucraniano, através do envio de bens considerados essenciais.
Na mesma nota, a câmara informa que vai também "abrir as suas portas" aos cidadãos ucranianos residentes em Oliveira do Hospital, que tenham familiares na Ucrânia e que possam necessitar de ajuda.
"Somos um povo solidário, que gosta de ajudar os cidadãos nos momentos de maior dificuldade e, dentro das nossas possibilidades, tudo faremos para dar um contributo na ajuda a um povo que vive momentos de grande sofrimento, em consequência da atrocidade de uma guerra que nos causa grande indignação", refere o autarca.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.