A Guerra País

Portugal recomenda saída de navios dos mares Negro e de Azov

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Portugal recomendou hoje aos comandantes e operadores de navios nacionais para que abandonem as áreas de navegação próximas do conflito russo-ucraniano, como os mares Negro e de Azov e o estreito de Kerch.

A recomendação é emanada da DGRM - Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, que, numa nota de imprensa, alerta para "as imprevisíveis consequências que possam advir" para os navios mercantes portugueses que ficarem nessas áreas.

Aos comandantes e operadores de navios portugueses que "considerarem indispensável permanecer naquelas áreas de navegação", a DGRM aconselha que tomem "medidas de maior nível de proteção".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.