Alguns turistas ucranianos optaram por adiar o regresso
Irina é uma das turistas que relatou ao jornal Expresso a razão de ficar na Região: "Não tenho maneira de chegar a casa"
Pelo menos cinco famílias de turistas ucranianos que se encontram de férias na Madeira adiaram o regresso à Ucrânia.
Irina faz parte do grupo desse grupo de turistas apanhados pela guerra durante as férias na Madeira e, por enquanto, decidiu adiar o regresso.
A história contada pelo jornal Expresso, é relatada por Irina, que tem um filho de seis anos e a mãe a residir em Donipro. Fez saber que há menos cinco famílias que manifestaram intenção de ficar, ou seja, não regressaram este sábado num voo para Vilnius, na Lituânia, conforme revela o DIÁRIO na edição impressa do DIÁRIO deste sábado.
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“Vou ficar. Não tenho maneira de chegar a casa, fica a 700 quilómetros da fronteira da Polónia”. Irina
Irina aproveitou a ligação directa Kiev-Funchal para duas semanas férias na Madeira, queria passear nas serras e descansar, mas a guerra apanhou-a longe da Ucrânia, onde está o filho e a mãe.
“Estão bem, têm tudo pronto, estão numa cave com as malas feitas e com o carro preparado”. Ainda não arriscaram fazer-se à estrada. “Não há garantias, há longas filas, nem é seguro” e, por isso, por enquanto, a solução é esperar. Irina
A arquitecta, de 37 anos, é uma entre os 189 turistas ucranianos que foram
surpreendidos pela invasão russa durante as férias na Madeira. Faz parte do
grupo que decidiu adiar o regresso.
“Tenho casa arrendada e carro até pelo menos 1 de Março, até lá não tenho com o que me preocupar”. O dinheiro dará para mais uns dias, mas não é muito e, se for preciso esperar muito, terá de recorrer ao apoio prometido já pelas autoridades regionais aos turistas que decidam ficar.
O Expresso revela ainda que nas contas de Olesya Zhmak, uma ucraniana a residir na Região há três anos e que nos últimos dias tem servido de elo de ligação entre o governo regional, o operador e os turistas, cinco famílias manifestaram intenção de não seguir viagem este sábado.
“Até ao momento, das pessoas com quem falámos, há cinco famílias que querem ficar na Madeira e até estão a ponderar pedir o estatuto de refugiados”. A maioria quer regressar. “O operador turístico responsável encontrou um voo para Vilnius, na Lituânia, e disseram-nos que o avião estava cheio”.
Antes ainda haveria lugar uma reunião entre operador, governo e agentes de viagens para apurar quem fica e quem vai e para saber que apoios precisam.