A Guerra Mundo

Rússia diz ter atingido mais de 800 alvos militares ucranianos

None

Mais de 800 alvos militares ucranianos foram atacados com mísseis de cruzeiro russos durante as primeiras de hoje, numa altura em que a Ucrânia conta 198 vítimas mortais, incluindo três crianças, e mais de 1.000 feridos.

"Durante a noite, as forças armadas russas usaram armas de alta precisão contra a infraestrutura militar da Ucrânia, que destruíram com mísseis de cruzeiro terrestres e navais", informou hoje o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, detalhando que o alvo eram 821 instalações militares.

O mesmo porta-voz deu conta do abate de sete aviões ucranianos, sete helicópteros e de nove drones, e ainda da aniquilação de oito barcos de combate, de 87 tanques e veículos blindados, 28 lançadores múltiplos e 118 veículos e equipamentos militares.

Segundo Igor Konashenkov, as forças russas tomaram a cidade de Melitopol, localizada no sul da Ucrânia, onde estão a tomar "todas as medidas para garantir a segurança da população civil e evitar provocações dos serviços secretos ucranianos e de nacionalistas".

Por seu lado, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que nas últimas horas aumentaram as perdas de tropas inimigas, tendo apontado o abate de 14 aviões e de oito helicópteros, bem como a destruição de 102 tanques e de 536 veículos blindados.

A agência Efe adianta que, segundo a entidade militar ucraniana, os russos teriam perdido mais de 3.000 soldados nos combates.

Hoje, o ministro da Saúde da Ucrânia, Viktor Lyashko, adiantou que o número de vítimas mortais desde que começou a invasão russa ascende a 198, incluindo três crianças, havendo ainda a contabilizar mais de 1.000 feridos.

"Infelizmente, de acordo com os dados operacionais, 198 pessoas morreram às mãos dos invasores, incluindo três crianças, e 1.115 ficaram feridas, incluindo 33 crianças", escreveu o ministro Viktor Lyashko numa mensagem publicada no Facebook.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades.

A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.