Míssil russo atinge navio japonês e fere um dos tripulantes, veja o vídeo
Um míssil russo atingiu na sexta-feira um navio de carga japonês ao largo da costa ucraniana, ferindo um dos membros da tripulação, noticia hoje a agência japonesa de notícias, a Kyodo.
O míssil atingiu o navio, chamado 'Namura Queen', e feriu num ombro um dos 20 filipinos que compõem a tripulação, disse a empresa proprietária da embarcação à agência Kyodo, assegurando que o marinheiro não corre perigo de vida.
De acordo com a notícia, citada pela agência espanhola de notícias, a Efe, o navio tem bandeira do Panamá e é um propriedade de uma empresa de logística da cidade de Ehime, no oeste do Japão.
A embarcação consegue navegar sem problemas e está no mar Negro, a caminho da Turquia, para avaliar os danos sofridos.
As autoridades ucranianas asseguram que o míssil foi disparado pelas forças russas que desde quinta-feira começaram a invasão da Ucrânia, durante a qual já foram atingidos três navios civis.
A Rússia anunciou hoje que tinha visado as infraestruturas militares ucranianas com mísseis de cruzeiro navais e aéreos no terceiro dia da invasão.
"Durante a noite, as forças armadas da Federação Russa atingiram infraestruturas militares ucranianas com armas de longo alcance de alta precisão utilizando mísseis de cruzeiro navais e aéreos", disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, numa declaração transmitida pela televisão.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.