Human Rights Watch denuncia ataque a hospital com bombas de fragmentação
A Human Rights Watch denunciou sexta-feira um ataque com bombas de fragmentação a um hospital na localidade ucraniana de Vuhledar, na zona independentista de Donetsk, que causou quatro civis mortos e 10 feridos, seis dos quais trabalhadores hospitalares.
A organização de defesa de direitos humanos disse que confirmou a informação através de entrevistas telefónicas com um médico do hospital e um representante do centro, o Central City Hospital, bem como de fotografias de dois dos falecidos.
A Human Rights Watch (HRW) afirmou que outras fotografias publicadas nas redes sociais ou enviadas para o hospital mostram os restos de uma das armas aparentemente utilizadas no ataque, um míssil balístico Tochka 9M79 com uma ogiva de fragmentação 9N123.
"Este ataque cruel matou e feriu civis e danificou um hospital", disse em comunicado um dirigente da HRW, Steve Goose, que apelou às forças russas para que deixem de usar bombas de fragmentação e "travem os ataques ilegais com armas que matam e mutilam de maneira indiscriminada".
A organização explicou que um tratado internacional proíbe o uso deste tipo de armas, que tipicamente explodem no ar e enviam dezenas e centenas de pequenas bombas para uma distância que se estende por um espaço similar ao de um campo de futebol.
Às vezes, alguns destes projéteis não explodem de imediato, ficando como minas antipessoais.
Apesar de as bombas de fragmentação terem sido proibidas por uma resolução da Organização das Nações Unidas em 2008, entrando em vigor em 2010, nem a Ucrânia, nem a Federação Russa, integram o conjunto de 110 Estados que a ratificaram.