Zelensky garante que continua firme em vídeo gravado em Kiev
"Estamos aqui. Estamos em Kiev. Estamos a defender a Ucrânia"
O Presidente ucraniano afirmou hoje que o Governo continua firme e os seus assessores estão em Kiev a trabalhar para defender o país da invasão russa, num vídeo em que aparece na rua rodeado pela sua equipa mais próxima.
"Estamos aqui. Estamos em Kiev. Estamos a defender a Ucrânia", refere Volodymyr Zelensky, no vídeo de 32 segundos, gravado por si na rua Bankova, em frente ao Gabinete do Presidente da Ucrânia.
O chefe de Estado está acompanhado do primeiro-ministro, Denys Shmyhal, do assessor da Presidência, Mijaíl Podoliak, do chefe do gabinete do Presidente, Andriy Yermak, e do líder da fação parlamentar "O Servo do Povo", David Arahamiya.
Na noite de quinta-feira, madrugada de sexta-feira em Kiev, Volodymyr Zelensky negou ter abandonado a capital ou o país.
"Estou na capital, a minha família também está na Ucrânia", sublinhou, face aos rumores que têm surgido nas redes sociais de que o Presidente ucraniano teria deixado o país ou mesmo fugido após a ofensiva russa lançada na quinta-feira.
Volodymyr Zelensky também disse hoje que discutiu com o seu homólogo norte-americano, Joe Biden, sanções contra Moscovo e "ajuda concreta" às forças de Kiev.
"Reforço das sanções, assistência concreta à defesa e uma coligação antiguerra acabaram de ser discutidos com Joe Biden", escreveu no Twitter o Presidente ucraniano, dizendo estar grato pelo apoio dos Estados Unidos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.