A Guerra Mundo

Rússia anuncia "restrição parcial" no acesso ao Facebook

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As autoridades russas anunciaram hoje uma "restrição parcial" no acesso ao Facebook, depois da rede social norte-americana ter limitado as contas de vários meios apoiados pelo Kremlin, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

O regulador russo das comunicações, Rozkomnadzor, afirmou hoje, segundo a Associated Press (AP), que pediu ao Facebook que levantasse as restrições postas na quinta-feira à agência estatal RIA Novosti, ao canal de televisão estatal Zvezda e aos 'sites' pró-Kremlin lenta.ru e gazeta.ru.

A agência reguladora russa afirmou que a rede social norte-americana, liderada por Mark Zuckerberg, não restabeleceu totalmente as contas àqueles meios de comunicação social.

As restrições das contas, segundo o Rozkomnadzor, incluíram a marcação do seu conteúdo como não credível e a imposição de restrições técnicas nos resultados de pesquisas, para reduzir as suas audiências das publicações no Facebook.

O regulador russo afirmou que a "restrição parcial" ao Facebook tem efeito já hoje, sem clarificar exatamente o que é que significa essa tomada de posição.

Na sua comunicação oficial, o Rozkomnadzor classificou as suas ações como "medidas para proteger a imprensa russa", afirmando que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo e o Ministério Público de Moscovo consideraram o Facebook "cúmplice na violação de direitos humanos e liberdades fundamentais, bem como na de direitos e liberdades de nacionais russos".

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram em território ucraniano mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo dos seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.