A Guerra Mundo

Sindicato dos inspectores do SEF garante "acolher da melhor forma" ucranianos

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O sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF garantiu hoje que os inspetores daquele serviço de segurança "vão fazer de tudo" para "acolher da melhor forma" os ucranianos que possam chegar a Portugal.

Numa nota enviada à Lusa, o Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF) precisa que os inspetores do SEF vão mobilizar-se para "acolher da melhor forma os refugiados ucranianos que possam chegar a Portugal nas próximas horas e nos próximos dias".

O SCIF/SEF explica que esta é a reação do sindicato ao anúncio feito pelo primeiro-ministro, António Costa, de que Portugal irá facilitar a entrada a ucranianos que tenham sido obrigados pela invasão da Rússia a sair do seu país.

"O sindicato da carreira de investigação do SEF reconhece a responsabilidade especial que tem nesta circunstância específica", afirmou o presidente do SCIF/SEF, Acácio Pereira, sublinhando que os inspetores do SEF vão fazer de "tudo o que está ao seu alcance para que as pessoas e famílias ucranianas que se dirijam a Portugal possam entrar no país e se sintam imediatamente bem acolhidas".

O ataque militar da Rússia à Ucrânia é condenado pelos inspetores SEF "em todas as suas dimensões" e, segundo o sindicato, coloca Portugal perante a responsabilidade de dar uma resposta imediata à altura das graves circunstâncias que o povo ucraniano está a viver.

"A decisão, anunciada pelo Governo, de facilitar a entrada de refugiados ucranianos no nosso país só pode ter uma resposta da parte do SEF: solidariedade, humanismo e generosidade", sustentou Acácio Pereira.

O presidente do sindicato refere também que "vivem em Portugal quase 29 mil ucranianos, uma comunidade bem integrada e que valoriza o país".

Segundo o sindicato, estão registados 8,7 mil ucranianos residentes em Lisboa, 1,6 mil no Porto e 5,6 mil em Faro.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.