Presidente ucraniano exorta Moscovo a acabar com hostilidades
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, exortou hoje Moscovo a colocar um ponto final nas hostilidades, assinalando que a guerra não foi o caminho escolhido pela Ucrânia.
"Não foi a Ucrânia que escolheu o caminho da guerra, mas a Ucrânia está a oferecer-se para voltar ao caminho da paz", afirmou.
Zelensky indicou na mesma altura que um esquadrão de paraquedistas russo foi travado no aeroporto de Hostomel, nos arredores de Kiev.
O líder ucraniano disse ainda que muitos aviões de guerra e veículos blindados russos foram destruídos e que muitos soldados russos foram capturados, mas sem fornecer números.
Por outro lado, referiu a evolução de uma situação difícil em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, situada a 20 quilómetros da fronteira com a Rússia.
No norte, os russos avançam lentamente em direção a Chernihiv, segundo Zelensky.
O Presidente ucraniano apelou à ajuda dos líderes mundiais. "Se não nos ajudarem agora, se não oferecerem uma forte assistência à Ucrânia, amanhã a guerra baterá à vossa porta", alertou.
A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um "pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk", no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho.
O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.