A Guerra País

Portugal mobiliza meios para retirar cidadãos portugueses da Ucrânia por via terrestre

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O Governo português mobilizou hoje meios para tentar retirar, por via terrestre, os mais de 200 portugueses e luso-ucranianos que ainda estão na Ucrânia, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros no Parlamento.

"Ontem (quarta-feira) 202 cidadãos portugueses e luso-ucranianos estavam ainda na Ucrânia", disse Augusto Santos Silva num debate na Comissão Permanente sobre a crise na Ucrânia, alvo de um ataque militar da Rússia iniciado hoje de madrugada.

Uma vez que o espaço aéreo da Ucrânia está vedado, "mobilizámos hoje os nossos meios para apoiar os portugueses e luso-ucranianos para que possam sair por via terrestre", detalhou o chefe da diplomacia portuguesa.

Esta manhã, a embaixada de Portugal em Kiev tinha já aconselhado os portugueses a sair da Ucrânia através das fronteiras polaca e romena, dando conta de que organizou pontos de reunião nas cidades de Rivne e Khmelnytskyi, na zona ocidental do país.

"Aconselhamos os cidadãos portugueses a que saiam da Ucrânia através das fronteiras terrestres com a União Europeia, preferencialmente na direção da Polónia e da Roménia", indicou a embaixada no aviso, divulgado na sua página na internet.

A missão diplomática disse que, "em caso de necessidade", os portugueses podiam dirigir-se para dois pontos de concentração que organizou nas cidades de Rivne, no noroeste da Ucrânia, e de Khmelnytskyi, no centro, onde se encontravam funcionários da embaixada.

"Será aconselhável transportar consigo água, alimentação, agasalhos e combustível de reserva caso se desloque em viatura própria. Igualmente deve ter consigo os seus documentos de identificação e viagem", lê-se no aviso da embaixada, que fornece coordenadas e contactos dos locais (https://kiev.embaixadaportugal.mne.gov.pt/pt/).

A Rússia lançou hoje uma operação militar na Ucrânia, que o Presidente Vladimir Putin disse visar proteger civis russos nos territórios de Donetsk e Lugansk, no leste ucraniano, cuja independência reconheceu na segunda-feira. A ofensiva já causou dezenas de mortos.