BE condena invasão da Rússia e diz que é um erro reforço das forças da NATO
A coordenadora do BE condenou hoje veemente a invasão da Rússia à Ucrânia, mas considerou um erro reforçar as forças da NATO por provocar escalada de guerra, defendendo o ataque à "oligarquia russa onde dói", com sanções económicas fortes.
"A invasão da Rússia à Ucrânia é algo que nada pode justificar. Está em causa algo que é gravíssimo e que deve ser assim encarado. Há um país soberano que está a ser invadido à margem de qualquer lei internacional e isto merece a mais veemente condenação e merece ação", disse aos jornalistas a líder do BE, Catarina Martins, à margem de uma visita ao IPO de Lisboa.
Na opinião de Catarina Martins, "uma escalada de guerra não vai proteger o povo ucraniano nem vai proteger a Europa", considerando por isso o BE "que o reforço das forças da NATO é um erro porque vai provocar escalada e não dissuadir".
"O que achamos que é fundamental neste momento é uma ação muito forte do ponto de vista económico, com sanções muito eficazes contra os oligarcas russos porque é assim que se pode obrigar à Rússia a voltar à via diplomática. Portugal deve apoiar as sanções fortes no seio da União Europeia contra os oligarcas russos, deve fazê-lo também em Portugal", defendeu.
Para a líder do BE, "uma escala de forças militares na região não vai dissuadir movimentos de guerra, vai pelo contrário fazer escalada de guerra".
"O mais eficaz é atacar a oligarquia russa onde dói e é do ponto de vista económico. Isso deve ser feito do ponto de vista europeu, deve ser também feito a nível nacional", apelou.
O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje de madrugada o início de uma operação militar na Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas regiões de Donetsk e Lugansk que reconheceu como repúblicas independentes na segunda-feira.