Rio considera ação da Rússia "ilegal e inaceitável" e pede "fortes punições"
O presidente do PSD classificou hoje a ação militar da Rússia na Ucrânia como "ilegal, desnecessária e inaceitável", defendendo que deve acarretar "fortes punições".
Numa publicação na rede social Twitter, o líder do maior partido da oposição em Portugal classificou o dia de hoje como "um dos dias mais tristes do pós-Guerra Fria".
"Apesar de lhe ter sido oferecida a paz, a Rússia optou pela guerra. A decisão de invadir a Ucrânia é ilegal, desnecessária e inaceitável. E, com o mundo a ver, é preciso deixar claro que estas ações acarretam fortes punições", defendeu.
O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje de madrugada o início de uma operação militar na Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas regiões de Donetsk e Lugansk que reconheceu como repúblicas independentes na segunda-feira.
Em reação a essa decisão, o primeiro-ministro, António Costa, escreveu na sua conta na rede social Twitter: "Condeno veementemente a ação militar da Rússia à Ucrânia. Irei reunir com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou para as 12:00 uma reunião deste órgão de consulta. Antes, pelas 10:30, irá reunir-se com o ministro da Defesa Nacional e com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.
O chefe de Estado fez também divulgar uma nota na qual afirma que, "em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do direito internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia".
No Twitter, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiram hoje que o Kremlin será responsabilizado pelos seus atos.
"Vamos pedir contas ao Kremlin", escreveram Charles Michel e Ursula von der Leyen numa publicação conjunta nesta rede social.
"Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas escuras, os nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes que enfrentam este ataque não provocado e temem pelas suas vidas", acrescentaram.
Para hoje às 19:00 (hora de Lisboa) está marcada uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da União Europeia.