Madeira

Crédito vencido das empresas a baixar e empréstimos a subir

Foto Shutterstock
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"Segundo os dados do Banco de Portugal, no final de 2021, o saldo dos empréstimos concedidos a cerca de 5,2 mil sociedades não financeiras (SNF) na Região totalizava 2.040,9 milhões de euros, superior em 102,1 milhões de euros em termos homólogos (+5,3%)", naquele que é "o segundo ano consecutivo em que este indicador cresceu, depois de um período de dez anos de sucessivos decréscimos", revela hoje a Direcção Regional de Estatística da Madeira.

Na nota sobre o tema, a DREM realça que "apesar do número de sociedades com empréstimos ter diminuído de 5,3 mil para 5,2 mil entre 2020 e 2021, mantém-se próximo dos valores registados entre o final de 2007 e o final de 2012, período em que esta variável esteve compreendida entre os 5,1 e os 5,4 mil (máximo histórico)".

Por sua vez, "o montante de empréstimos vencidos não ultrapassava os 40,9 milhões de euros em Dezembro de 2021, decrescendo em 29,6 milhões de euros (-42,0%) comparativamente ao mesmo mês de 2020", salienta. "Esta evolução permitiu reduzir o rácio de empréstimos vencidos na Região entre o final de 2020 e de 2021, de 3,6% para 2,0%, respetivamente, o que coloca a RAM abaixo da média nacional (2,3%), pela primeira vez, em termos de posição no final do ano, desde Dezembro de 2010".

Além disso, há a "percentagem de devedores do sector das SNF com empréstimos vencidos no final de 2021", que "era de 14%, valor inferior ao nacional (15%)". Significa que "face a Dezembro de 2020, este indicador diminuiu 1,2 pontos percentuais (p.p.) na Região e 1,0 p.p. no País".

Famílias mais endividadas

Já no sector das famílias e das Instituições Sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF), "o saldo dos empréstimos concedidos era, em Dezembro de 2021, de 3.214,0 milhões de euros, superior aos 3.161,5 milhões de euros (+1,7%) de um ano antes". E a verdade é que "67,7% daquele saldo era referente ao segmento da 'habitação' e os 32,3% restantes ao 'consumo e outros fins'".

Quando se faz a comparação a Dezembro de 2020, "o saldo dos empréstimos concedidos referente ao primeiro segmento aumentou 2,1%, enquanto o segundo registou um aumento de apenas 0,7%. De assinalar que, no segmento da 'habitação', 2021 corresponde ao segundo crescimento consecutivo verificado no saldo do final do ano dos empréstimos concedidos dos últimos 11 anos", o que também atesta a dinâmica que o sector imobiliário sentiu.

"O número de devedores no sector das famílias e das ISFLSF ascendia a 99,4 mil no final de 2021, apresentando uma tendência decrescente no último ano (-1,0%), diminuição explicada pelo decréscimo verificado no segmento 'consumo e outros fins' (-1,0%), já que o número de devedores no segmento da 'habitação' manteve-se inalterado", certifica.

Quanto ao malparado, ou seja relativamente aos empréstimos vencidos no segmento da habitação, "os mesmos não ultrapassavam os 14,5 milhões de euros, representando um rácio de empréstimos vencidos de 0,7%, percentagem acima do valor nacional (0,5%). Entre o final de 2020 e de 2021, o rácio de empréstimos vencidos de 'habitação' reduziu-se em 0,1 p.p. na Região, apresentando queda de igual dimensão no País".

Por fim, "a percentagem de devedores (famílias e ISFLF) com empréstimos vencidos na RAM era, no final de 2021, de 6,3% na RAM e de 7,1% em Portugal. Face a um ano antes, estas percentagens diminuíram em 1,5 p.p. na Região e em 1,4 p.p. no País", conclui.