CHEGA mais uma carta
Afinal ainda não foi desta que o novo executivo pode tomar posse, isso por culpa do CHEGA que achou que os votos dos emigrantes atirados para o lixo era um ato ilegal. Mas afinal segundo os restantes partido acaba por terem uma certa razão o facto do «radicalismo» do CHEGA estar a impedir que o país continue na senda da (democracia) que com o 25 de Abril se mantém há quase 50 anos. E pensar por exemplo que: o anterior governo nomeou uma comissão onde um senhor de nome: Pedro Adão Silva que será uma espécie de comissário para essas comemorações que decorrerão em 2024 onde constam: durante 5 anos uma remuneração mensal de 4.500 €, mais 3 técnicos assessores, um secretário e 1 motorista, para coordenar 1 dia de comemoração do 25 de Abril e da implantação do regime democrático. Afinal estamos a evoluir! Num «radicalismo» exorbitante contesta o facto do 1º Ministro eleito se recusar em dialogar com a 3ª força política pois acha que não são democráticos, quando afinal quem se recusa a aceitar o jogo da democracia é que determina que a oposição eleita não é democrática? A evolução continua! Os partidos com representatividade na futura Assembleia da República continuam a achar que não devem ser considerados os deputados democraticamente eleitos pelo facto de serem, populistas, radicais, anti regime entre outras razões, mas afinal quem é que ao longo destes tempos se pôs a jeito para que forçosamente tivesse de aparecer alguém com coragem, determinação, e patriotismo para defender aquilo que a grande maioria dos portugueses sentem que é a falta de valores em que esta nossa sociedade foi conduzida. Será que alguém parou para pensar se realmente o motivo de surgir um partido que segundo os seus opositores e convenhamos que todos são contra este surgimento, que afinal foram eles as causa e por arrasto as consequências dum regime que ao longo destas quase 5 décadas ainda não conseguiu dar aos portugueses as condições mínimas exigidas de uma democracia onde a liberdade é condicionada. Ao longo destes anos a dívida do nosso país é cada vez maior, não produzimos para sermos sustentáveis e muito menos para pagar o que devemos. Se a cada semana os portugueses não fossem castigados pelos aumentos sucessivos dos combustíveis e o que advém de tudo isso, se ao longo de meses não fossem deteriorando as condições de vida dos reformados e pensionistas, que ao longo de sucessivas legislaturas não se fossem multiplicando os casos de corrupção, se ao longo de décadas não se fossem acumulando os casos de justiça, os problemas com investimentos de utilidade duvidosa, de milhões de consultas e milhares de cirurgias adiadas, de crimes por julgar onde os criminosos põem em causa a segurança de pessoas e bens e são protegidos pelos direitos humanos e os lesados não lhes são reconhecidos muitas vezes esses mesmos direitos, onde a desmotivação para quem investe produz riqueza é cada vez mais castigada, onde o trabalho não é dignificado e o trabalhador valorizado, onde o ensino tornou-se num trabalho de alto risco para docentes e colaboradores, em suma: onde se criou o caos que diria quase anárquico, nunca o país sentiria a necessidade de transformar política democrática em radicalismo. A solução não terá de ser com atitudes radicais, mas que terão de haver medidas um tanto ou quanto radicais para pôr fim a vícios herdados do passado, não tenhamos a menor dúvida que não será de forma alguma a continuidade do modelo até aqui existente que porá fim a esta infindável miséria a que mais de 2 milhões de portugueses foram arrastados. Será mesmo que todos os que acham de atitudes populistas e radicais já pensaram quem provocou indignamente estas possíveis consequências, ou será mesmo que uma mudança radical do sistema dentro do regime democrático ou o mudar de atitude perante a covardia dos acomodados do regime, precisam de ser escorraçados à força ou aceitaram o jogo democrático para começarem a ver uma nova forma de fazer política e uma nova maneira de estar em democracia? Até lá, permitam ao menos que o povo pense livremente se quer continuar a sustentar a corrupção com a sua própria miséria.
A. J. Ferreira