TAP só garante viagem na quinta-feira para o Porto
Passageiros retidos desesperam no Aeroporto da Madeira
Há passageiros da TAP retidos no Aeroporto da Madeira que só na próxima quinta-feira têm garantia de viajar para o Porto. É o que acontece com um grupo de sete passageiras de Valença do Minho que vieram passar o fim-de-semana à Madeira e viram este domingo à noite o voo de regresso ao Porto ser cancelado.
Como se já não bastasse correrem o risco de permanecerem retidas na Região mais quatro dias, acresce a exigência onerosa de terem que suportar todas as despesas que venham a contrair, nomeadamente alojamento, alimentação e transportes.
Esta manhã as sete passageiras (des)esperavam junto ao painel de informação na Gare das Partidas do Aeroporto Internacional da Madeira Cristiano Ronaldo.
“O nosso voo era ontem (domingo) às 23h55 com destino ao Porto e agora não temos nenhuma resposta da TAP. Ontem enviaram-nos um e-mail a informar do cancelamento do voo e que estávamos recolocadas num voo só na quinta-feira. E que até lá não nos asseguram nem alojamento, nem alimentação nem transporte. É tudo do nosso bolso”, relatou Tatiana Gonzales, a porta-voz do grupo.
Para agudizar o sério problema motivado ontem à noite pelos cancelamentos ‘em série’ de voos da TAP com destino à Madeira, acrescente que não há vagas nos voos domésticos programados com partida da Madeira. “Estamos a tentar mas neste momento – final da manhã de hoje - os voos estão completos. Não há absolutamente nada”, afirmou, enquanto as colegas permaneciam ‘agarradas’ aos telemóveis na expectativa de encontrar milagrosa solução alternativa.
Dá conta que a TAP além de só garantir voo de regresso ao norte do país daqui por três dias, aconselhou os passageiros – via e-mail - “a manter a calma e não se dirigir ao aeroporto”.
Conta que assim que receberam a má notícia da companhia área de bandeira, o que fizeram foi desde logo desdobrarem-se para tentar entrar em contacto com a TAP ou arranjar solução alternativa no próprio aeroporto.
Enquanto umas estiveram “quase duas horas a tentar telefonar para TAP”, outras arriscaram deslocar-se até ao Aeroporto da Madeira “para tentar uma resposta”, em ambos os casos em vão.
As sete amigas haviam aproveitado o feriado municipal em Valença do Minho, na sexta-feira, para um fim-de-semana alargado na Região, onde estão pela primeira vez.
“É a primeira vez que viajamos à Madeira e já estamos a ponderar que seja a última”, admite, tal é a frustração de não poderem regressar a casa.
“Hoje deveriam estar de regresso ao trabalho porque temos muitas responsabilidades, além dos filhos e muita coisa para tratar”. Como tal é “muitíssimo transtorno” o que agora enfrentam consequência do voo cancelado e sem solução alternativa no imediato. “Se calhar há pessoas que não vão receber o seu salário a tempo. E com isto digo-lhe muita coisa”, admitiu.
Até logo à noite prometem não arredar pé do Aeroporto da Madeira na esperança que surja um milagre que as leva de regresso a casa o quanto antes. Nem que seja via Lisboa.