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Diplomacia portuguesa expressa solidariedade para com Kiev

Foto EPA/ZURAB KURTSIKIDZE
Foto EPA/ZURAB KURTSIKIDZE

O Ministério dos Negócios Estrangeiros português manifestou hoje "solidariedade para com a Ucrânia", no atual contexto de tensão militar crescente com a Rússia.

Numa mensagem na rede social Twitter, o ministério liderado por Augusto Santos Silva expressou solidariedade com a Ucrânia, afirmando-se "alinhado" com a declaração de hoje do chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Joseph Borrell, sobre a situação diplomática com a Rússia.

"A UE condena a utilização de armamento pesado e o bombardeamento indiscriminado de zonas civis, que constituem uma clara violação dos acordos de Minsk e do direito internacional. Elogiamos a postura de contenção da Ucrânia, perante as contínuas provocações e esforços de desestabilização", escreveu Borrell.

A UE expressou hoje o "apoio inabalável" à Ucrânia e manifestou grande preocupação pelo aumento da presença militar russa em torno da Ucrânia, apelando a uma retirada substancial das forças militares e a enveredar pelo caminho da diplomacia.

O Ocidente e a Rússia vivem atualmente um momento de forte tensão, com o regime de Moscovo a ser acusado de concentrar pelo menos 150.000 soldados nas fronteiras da Ucrânia, numa aparente preparação para uma potencial invasão do país vizinho.

Moscovo desmente qualquer intenção bélica e afirma ter retirado parte do contingente da zona.

Entretanto, nos últimos dias, o exército da Ucrânia e os separatistas pró-russos têm vindo a acusar-se mutuamente de novos bombardeamentos no leste do país, onde a guerra entre estas duas fações se prolonga desde 2014.

Os líderes dos separatistas pró-russos de Lugansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, decretaram hoje a mobilização geral para fazer face a este aumento da violência.

Os observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram na sexta-feira que as violações do cessar-fogo na região registaram um "aumento significativo", com mais de 800 violações só na sexta-feira, mais do triplo da média do último mês.

Aquele mesmo órgão registou, nas últimas 24 horas, mais de 1.500 violações das tréguas que é suposto estarem em vigor na linha da frente na Ucrânia oriental, número que constitui um recorde.