Muitas vezes somos confrontados com injustiças e ficamos calados, apesar de ser nosso dever e obrigação travarmos aqueles que se fazem "gente" falando mal de tudo e de todos. Vem isto a propósito do acompanhamento que é prestado aos agricultores madeirenses por parte das entidades competentes.

Sou um dos milhares de agricultores que nesta terra têm beneficiado de apoios diretos, seja através dos fundos do Proderam ou da prestação de serviços gratuitos da parte dos técnicos que trabalham na Secretaria da Agricultura.

Presto a minha homenagem a essas pessoas, competentes, que permitem que eu e tantos outros continuemos a alimentar até as más línguas, aqueles que não se cansam de apenas exigir e que se recusam agradecer os apoios que são canalizados para a agricultura.

Como é lógico, não há nenhum agricultor que não queira receber mais pelo trabalho diário que executa. Mas dizer apenas mal, que é típico de alguns de nós madeirenses, é de uma injustiça tremenda. É algo que precisamos de combater, sob pena de voltarmos a ficar sós, como aconteceu durante tantos anos.

Hoje a agricultura é um modo de vida e deixou de ser apenas para homens e mulheres sem instrução, sem capacidade negocial e sem conhecimentos agrónomos. A agricultura madeirense cresceu muito na última década, é cada vez mais tecnológica e aponta numa clara visão de futuro. Portanto, não reconhecer este desenvolvimento, bem como o mérito de quem está à frente deste fundamental sector da nossa sociedade não só é injusto como uma vergonha.

Emanuel Basílio