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Maioria absoluta / Responsabilidade total

E, no que diz especificamente respeito à Madeira, o futuro só pode ser grandioso!!

O povo, que é soberano e tem sempre razão, foi chamado às urnas, e decidiu dar a António Costa – não creio, sinceramente, que tenha sido ao PS – uma maioria absoluta, “declarando”, no fundo, que está tão contente com o que foi feito nos últimos 6 anos, que quer mais 4.

Não pretendo abordar aqui as causas – próximas ou remotas, reais ou hipotéticas – dos últimos resultados eleitorais, nem fazer previsões ou extrapolações com base nos mesmos. E tão pouco quero dissertar sobre as “peculiaridades” de um sistema eleitoral que admite que 41,50% dos votos sejam convertidos em mais de 50% do número total de deputados, ou que permite que um partido que obteve 72.610 votos eleja um deputado, e outro que obteve 90.538 votos não eleja nenhum.

Na verdade, o que está feito, feito está, e o que interessa é o futuro…

E o futuro é um Governo que dispõe de condições políticas e financeiras únicas quer para implementar as suas políticas, quer para desenvolver o país, invertendo um ciclo que – conversas e mentiras à parte – nos está a conduzir, a passos largos, para a cauda da União Europeia.

Em concreto, para além de poder governar 4 anos sem ter que fazer quaisquer cedências à esquerda, ou à direita, e de poder contar com o apoio e a “simpatia” – presumivelmente, incondicionais – do Presidente da República, o novo Governo de António Costa vai beneficiar de recursos financeiros (quase) inesgotáveis.

São 16.644 milhões de euros à disposição de um homem/governo só, e que, sendo – como certamente, serão – bem aplicados, permitirão mudar “a face” e as perspectivas futuras de Portugal e dos Portugueses. E são 16.644 milhões de razões para António Costa e o PS não falharem aos mesmos. Na verdade, aquilo que, até 30 de janeiro, era apenas uma missão, passou a ser uma obrigação.

E, no que diz especificamente respeito à Madeira, o futuro só pode ser grandioso!!

Em concreto, e sem o “espartilho” do BE, do PCP e do PAN, o PS vai finalmente poder demonstrar o seu “carinho” pela Zona Franca da Madeira, e esta vai, definitivamente, prosperar. Nomeadamente, o fim do “bloqueio” à admissão de novas empresas, que vigora desde o dia 1 de Janeiro, estará por dias, e o novo regime aplicável a partir de 2028, e que é indispensável para que a Zona Franca não “pare” no final de 2023, vai, certamente, ser negociado e aprovado de forma célere.

No plano da mobilidade, vamos ter um novo modelo de subsídio, o “ferry todo o ano” prometido por António Costa vai, finalmente, avançar e voltaremos a ter uma TAP de serviço/interesse público, com rotas/frequências regulares para a Madeira e Porto Santo, bem como, sem preços “pornográficos” e que “convidam” os Portugueses a passar férias no México ou no Dubai.

Para além do mais, e considerando o investimento em infraestruturas que vai ser efectuado no território continental, é evidente que o Estado, na sua qualidade de concessionário dos aeroportos da Madeira, vai, finalmente, disponibilizar as verbas necessárias para os investimentos que os mesmos há tanto reclamam, bem como, suportar mesmo – e sem fazer contas de merceeiro – 50% do custo total do novo Hospital.

Descendo à terra, e sabendo-se que não é, obviamente, possível prever em que estado estarão Portugal e a Madeira daqui a 4 anos, uma coisa é certa: acabaram-se as desculpas!!

O “reverso da medalha” da maioria absoluta, “regada” com uma “bazuca” de dinheiro, que o povo concedeu a António Costa e ao PS consiste na responsabilidade total destes.