Área de protecção da reserva das ilhas Selvagens aumentada
Durante a cerimónia da entrega do Comando da Zona Marítima da Madeira, na Praça do Povo, o representante da República para Região Autónoma da Madeira, Ireneu Barreto, disse que a área de protecção da reserva das ilhas Selvagens “aumentou”.
A cerimónia foi seguida pela tomada de posse do Chefe do Departamento Marítimo da Madeira, Capitão do Porto do Funchal e Capitão do Porto de Porto Santo, Comandante-regional da Polícia Marítima da Madeira, Comandante-local da Polícia Marítima do Funchal e Comandante-local da Polícia Marítima de Porto Santo, Rui Manuel Rodrigues Teixeira.
O comandante Rodrigues Teixeira destacou que a Região Autonoma da Madeira com os seus “442 mil quilómetros quadrados constituiu-se como uma das principais rotas dos navios que cruzam o atlântico possuindo hoje um papel económico e geoestratégico de particular relevância para o país ao nível da economia do mar”, sendo importante destacar o trabalho desenvolvido nos últimos anos pelas entidades regionais que tiveram como objectivo “criar na Reserva Natural das Ilhas Selvagens a maior área marinha protegida da Europa e de todo o atlântico norte com protecção total”.
Com esta aprovação a área passará a ser de “12 milhas náuticas ao redor das ilhas” Desertas e Selvagens. Assim, passarão a dispor da “mais abrangente classe de protecção existente em matérias de políticas de conservação da natureza”, sendo este um dos desafios que serão colocados todos os “esforços e competências”.
Será também importante a “manutenção do investimento das infraestruturas e nos meios materiais e humanos que permitam incrementar a nossa capacidade de intervenção nas áreas do salvamento e socorro a assistência aos marítimos, segurança na navegação, preservação e proteção dos recursos, vigilância e fiscalização e o exercício de polícia em áreas marítimas portuárias e balneares”.
Já o comandante José Luís Guerreiro Cardoso, destacou o trabalho realizado nos últimos três anos, informando que os 22 navios da marinha, através das 28.670 horas de missão e mais de 6 mil horas de navegação fizeram 71 viagens de apoio logístico de pessoal nas Selvagens, dois salvamentos: dois pescadores no Pico do Facho numa embarcação de pesca local e o naufrágio de uma embarcação de pesca costeira que resultou no salvamento dos sete tripulantes.
Destacou, de igual modo, que a Marinha Portuguesa “impediu não raras vezes a actividade não autorizada ou ilícita, contribuindo para a protecção e conservação do domínio público marítimo”.