Alertas ao PS-M dominam 'Primeira mão' desta semana
Sérgio Gonçalves, Miguel Silva Gouveia e Sara Cerdas estiveram na mira dos três comentadores do programa da TSF
O PS-M esteve em destaque no 'Primeira Mão' desta semana, com os três comentadores do programa da TSF a dedicarem dedos ao partido.
Desafio a Sérgio Gonçalves
Liliana Rodrigues, militante do PS-M, destacou as internas que se realizam amanhã , enfatizando as expectativas existentes em torno do candidato único Sérgio Gonçalves, nomeadamente a oportunidade de reerguer o partido, reunir e unir os que foram afastados e que se afastaram e que por pensarem de forma diferente não significa que estejam “contra alguma coisa, apenas pensam diferente e essa é a força da democracia”. Dedicando o seu dedo indicador ao tema, questiona se Sérgio Gonçalves irá seguir na senda da direcção anterior, que foi a da exclusão, ou se irá chamar todos, por igual, para que tenham voz e se sintam parte.
Confrontada, por Francisco Gomes, se Sérgio Gonçalves deverá ser, também, candidato a Presidente do Governo Regional da Madeira, Liliana Rodrigues não tem dúvidas: “Quem é líder do partido deve se apresentar a eleições regionais”. Liliana Rodrigues aguarda, porém, para saber a que objectivos concretos Sérgio Gonçalves se propõe, considerando haver um longo percurso político a percorrer até chegar ao dia dessa outra candidatura a presidente do governo da Região.
Dedo do meio para sugestão de Miguel Silva Gouveia
Já Francisco Gomes dedicou o dedo do meio à sugestão deixada na TSF por Miguel Silva Gouveia relativa à hipotética criação da figura do Secretário de Estado das Comunidades e Autonomias que classificou como insulto político e aberração institucional e justificou. Insulto porque reforça um centralismo anacrónico persistente que deseja para a Madeira um “estatuto de menoridade e colónia", como se não bastasse um Representante da República "com poderes excessivos e de existência dispensável". "Quem defende isto não está interessado em diálogo nenhum, está, sim, interessado em protelar, em burocratizar e em nada resolver", refere. Aberração, porque "preconiza que o Representante da República para a Madeira e o próprio presidente do governo regional vão a despacho com um mero Secretário de Estado que não tem nem a competência, nem o estatuto para ser interlocutor da Região junto do Primeiro-Ministro".
Entende que Miguel Silva Gouveia quis dar um tiro no que resta da carreira política de Paulo Cafôfo de quem esperava uma reacção enérgica. "O que está por saber é quando é que o PS-Madeira virá a terreno condenar esta triste ideia e exigir que se respeite o estado autonómico da Madeira e a posição institucional dos órgãos do próprio governo da Região. Este silêncio dos socialistas locais não é só ensurdecedor, mas também deveras cúmplice de mais um ataque à Autonomia da Madeira. Como é óbvio, não lhes fica nada bem este papel de partido domesticado e vergado perante uma estrutura nacional que não hesita em castrar a autonomia da nossa terra", conclui.
Ideia de Sara Cerdas foi "tiro no pé"
Sara Madalena, por sua vez, expôs os dedos mindinho e do meio ao Partido Socialista, nomeadamente e o primeiro à ideia “peregrina” veiculada pela eurodeputada Sara Cerdas, de rotular garrafas de bebidas alcoólicas, como o vinho, com mensagens dissuasoras do seu consumo, ao estilo das que se encontram nos maços de tabaco com a justificação de que está cientificamente provado que o consumo de álcool, em quaisquer quantidades, é suscetível de provocar cancro. Ora, sublinhando que a sua formação é em Humanidades e que não dispõe dos conhecimentos técnicos para refutar tais afirmações, ainda assim não se coibiu de opinar sobre as consequências das declarações da sua homónima. Portugal é o maior consumidor de vinho per capita do mundo, ter uma deputada portuguesa no Parlamento Europeu a defender tal atitude não só é um verdadeiro “tiro no pé” como um desrespeito pela cultura e hábitos histórico-sociais do seu próprio país. Lembra que a medida não passou e que os avisos que já vigoravam continuam válidos: “beba com moderação” e “se conduzir não beba”.
Ainda de dedo do meio em riste ao punho fechado socialista, Sara Madalena condenou, novamente, o abandono da legislação da mobilidade aérea insular, que não chegou a ser regulamentada, repristinando a anterior, pelo Governo Central mostrando o “pirete” ao PS nacional que, agora, pretende aplicar um regime transitório e, pior, sem ouvir os verdadeiros interessados na matéria, ou seja, os madeirenses. A pretensão de excluir o Governo Regional da negociação, preparação e implementação das regras de atribuição daquele subsídio não só é atentatória dos nossos direitos como uma verdadeira bizarria que se espera ser revertida, também, com a intervenção do PS-M de quem se espera uma atitude reivindicativa.